São Paulo, segunda-feira, 02 de janeiro de 2006

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MÚSICA

O baterista Daniel Adair responde: "Há alguma diferença entre o rock americano e o canadense?"; descubra se ela existe mesmo na entrevista a seguir

As boas razões do Nickelback

DA REPORTAGEM LOCAL

Good Charlotte, Simple Plan, Alanis Morissette, Sheryl Crow, Avril Lavigne e Hilary Duff. Só pelo som, você saberia dizer quais desses artistas são canadenses? Sem conhecer a biografia de cada um, a melhor resposta seria dizer que são todos americanos. Mas será que um baterista canadense saberia dizer a diferença?
"Eles são muito parecidos, né? Infelizmente, as bandas que soam realmente canadenses, você nunca ouve. Temos bandas, como a Tragically Hip, que é bem antiga, e muitas outras. Mas o triste é que, para conseguir um contrato com uma gravadora americana, não pode soar tão canadense. As bandas canadenses que fazem sucesso soam americanas mesmo", conta Daniel Adair, da supercanandense Nickelback.
"Isso faz com que muitas pessoas pensem que somos americanos. Pelo menos, muitos americanos acham isso, pois, para eles, "se você está nos EUA, deve ser certamente americano". Mas acho que somos mais gente fina que eles", brinca Daniel, que é o mais novo integrante do grupo. Antes, ele acompanhava o Three Doors Down.
"E eu nem era um integrante, apenas um baterista contratado. Eu era pago como o cara da luz. Então, quando Chad [Kroeger, vocalista, guitarrista e líder do Nickelback] ligou dizendo que queria que eu fosse um integrante do grupo, como eu poderia dizer não?"
Daniel contou ao Folhateen que trouxe um pouco de alegria para uma banda que está junta há muitos anos. "O Nickelback ficou estável, sem muitas alterações. Eles estavam meio entediados. O que me contam é que, antes de eu entrar, tudo estava muito sério, todo mundo parecia bravo nas fotos, todas as entrevistas eram sérias. Agora há muitas piadas, todo mundo se diverte", conta.
Seria então Daniel uma das "razões certas" que dão título ao novo disco do quarteto, "All the Right Reasons"? "Não. O título representa o patamar onde o Nickelback está. Eles não têm que se preocupar com o sucesso e poderiam ficar em casa com suas famílias, nadando em suas piscinas. Mas eles estão fazendo música por "todas as razões certas", ou seja, porque adoram."
As gravações levaram sete meses e aconteceram no estúdio na casa de Chad. Há até a participação póstuma de Dimebag Darrell, guitarrista do Pantera morto a tiros por um jovem de 25 anos há pouco mais de um ano, durante um show. "Chad era muito amigo de Dimebag. O irmão dele, Vinny, vasculhou o computador do irmão e encontrou solos de guitarra nunca usados. Chad ouviu seis horas de material e editou vários trechos. O resultado é surpreendente. Soa, é claro, como Pantera. Tenho certeza de que os fãs vão curtir a homenagem." (LEANDRO FORTINO)

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