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São Paulo, segunda-feira, 02 de junho de 2003

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ESTANTE

Fábula ecológica mistura ingenuidade e crítica à lógica brutal do homem

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

Eu já era um leitor mais ou menos formado quando li uma pequena jóia chamada "O Menino do Dedo Verde", do francês Maurice Druon. Eu devia ter uns 15 anos, já tinha frequentado as páginas de grandes obras, como "Odisséia", "O Conde de Monte Cristo" e outras maravilhas. Mas ler o livro de Druon foi uma bela experiência.
Foi com essa lembrança que percorri de novo as páginas da fábula e continuei gostando do livro.
Numa família de posses, nasce um menino que ganha o raro nome de Tistu. Tudo é muito fácil em sua vida: não tem carências, vive numa mansão, o pai e a mãe são amorosos. Mas acontece que Tistu não se dá bem na escola.
Seus pais, em vista disso, resolvem fazer com o filho uma experiência. Levam-no para aprender jardinagem com um velho e sábio jardineiro. E é nessa hora que Tistu descobre que tem o dedo verde e que tudo o que ele toca floresce rápida e vigorosamente. O menino resolve usar o dom para espalhar beleza pelo mundo.
Talvez você encontre aí alguma ingenuidade (existe mesmo), mas não faz mal: trata-se de uma fábula a favor da paz, contada com humor e crítica à lógica brutal que nos comanda.

"O Menino do Dedo Verde"
Autor: Maurice Druon
Tradução: D. Marcos Barbosa
Editora: José Olympio
Contato: 0/xx/21/2585-2060
Quanto: R$ 20,50 cada



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