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TECNOLOGIA
Mptudo
Baratos e cheios de recursos, os "hi-phones" podem ser uma furada
GUILHERME ASSIS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
MP10? MP12? MP15?
Difícil enxergar os limites dos chamados
"hi-phones", os celulares (em
geral, chineses) que se proliferam no país, com ainda mais recursos do que os aparelhos que
tentam imitar, como o Blackberry e o iPhone.
De rádio FM a câmera digital,
passando pela capacidade de
funcionar com chips de várias
operadoras, esses celulares são
facilmente encontrados em lojas de eletrônicos.
Mas a lista de cuidados a serem tomados é proporcional à
de recursos de que eles dispõem. O primeiro é pedir nota
fiscal. Sim, dá pra encontrar
modelos que não são contrabandeados e não ferem leis de
patentes. Quem compra artigos
piratas comete crime contra
propriedade intelectual.
OK, você comprou um aparelho dentro da lei. Ainda assim,
há riscos difíceis de mensurar.
Muitos "hi-phones", fabricados
com controle de qualidade duvidoso, dão logo problema e se
tornam um mico na mão do
comprador. Exigir garantia é
fundamental.
Palavra dos consumidores
Para as amigas Jamille Pires,
20, e Juliana Lopes, 22, estudantes de direito, os aparelhos
representam uma vantagem
marcante em relação aos celulares tradicionais.
"Uso um modelo que tem câmera de vídeo, internet e dois
chips", diz Jamille, que há quatro meses adquiriu um modelo
"mini" por R$ 320.
A bacharel em direito Vitória
Alfieri Perracini, 23, também
se empolgou ao comprar o seu.
Há dois meses, após o roubo de
seu iPhone, ela optou por um
modelo mais barato, mas a experiência foi decepcionante.
"Já nem mexo nele. Prefiro
agora guardar dinheiro para
comprar um melhor", diz.
"A configuração é complicada. Achei que o recurso "touchscreen" seria fácil de usar, mas os
espaços [entre as teclas virtuais
do visor] são pequenos e, conforme você digita rápido, sai tudo errado."
Há outras falhas comuns (veja ao lado), como a dificuldade
de localizar redes "wi-fi".
Ainda assim, o sucesso dos
"hi-phones" é fácil de entender.
Enquanto um "smartphone" de
marca famosa pode custar até
R$ 3.000, os modelos mais
avançados desses genéricos ficam na casa dos R$ 450.
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