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Grupos estão em busca de alternativas
ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA
Das cem mil pessoas que tomaram Porto Alegre no final de janeiro para participar do Fórum
Social Mundial, a grande maioria
era formada por "ongueiros", representantes de sindicatos e pessoas identificadas com partidos
políticos de esquerda.
Mas muitos ativistas autônomos que protestam contra a globalização também foram para lá,
apesar de considerarem o fórum
"institucionalizado" demais.
No Brasil, há cerca de 30 grupos
anticapitalistas, formados principalmente por estudantes com inspiração anarquista. Depois dos
ataques de 11 de setembro e de fortes repressões policiais às manifestações, o movimento sofreu
um refluxo no mundo todo.
Agora há uma sensação de "girar em falso", segundo um dos organizadores das manifestações
em São Paulo, Pablo Ortellado, da
AGP (Ação Global dos Povos),
coalizão de grupos autônomos
que protestam em vários países
durante encontros de instituições
como o FMI (Fundo Monetário
Internacional) e a OMC (Organização Mundial do Comércio).
"A gente conseguiu um grau de
questionamento das políticas
neoliberais no Brasil, mas estamos fazendo sempre a mesma
coisa e não estamos avançando."
Por isso, está havendo um esforço para dar novos rumos para o
movimento no Brasil. Os grupos
agora procuram desenvolver
ações concretas, como a campanha de conscientização contra a
Alca e a criação de centros culturais comunitários, com aulas de
alfabetização para adultos.
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