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São Paulo, segunda-feira, 03 de fevereiro de 2003

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Grupos estão em busca de alternativas

ALESSANDRA KORMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

Das cem mil pessoas que tomaram Porto Alegre no final de janeiro para participar do Fórum Social Mundial, a grande maioria era formada por "ongueiros", representantes de sindicatos e pessoas identificadas com partidos políticos de esquerda.
Mas muitos ativistas autônomos que protestam contra a globalização também foram para lá, apesar de considerarem o fórum "institucionalizado" demais.
No Brasil, há cerca de 30 grupos anticapitalistas, formados principalmente por estudantes com inspiração anarquista. Depois dos ataques de 11 de setembro e de fortes repressões policiais às manifestações, o movimento sofreu um refluxo no mundo todo.
Agora há uma sensação de "girar em falso", segundo um dos organizadores das manifestações em São Paulo, Pablo Ortellado, da AGP (Ação Global dos Povos), coalizão de grupos autônomos que protestam em vários países durante encontros de instituições como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a OMC (Organização Mundial do Comércio).
"A gente conseguiu um grau de questionamento das políticas neoliberais no Brasil, mas estamos fazendo sempre a mesma coisa e não estamos avançando."
Por isso, está havendo um esforço para dar novos rumos para o movimento no Brasil. Os grupos agora procuram desenvolver ações concretas, como a campanha de conscientização contra a Alca e a criação de centros culturais comunitários, com aulas de alfabetização para adultos.


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