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tecno
Sites somem, tecnologia passa, línguas morrem, coluna chega ao fim
MARCELO VAZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Coisas vêm e vão. Com tecnologia
e, mais especificamente, internet,
nem se fala. Quantos sites citados
nesta coluna ainda estão no ar?
Quantos inventos saíram do papel e
quantos já estão ultrapassados?
Mesmo "bens duráveis", como os
idiomas, estão sujeitos ao sumiço.
Fernando Pessoa, no poema "Tabacaria", sob o heterônimo Álvaro de
Campos, diz: "...eu deixarei versos.
A certa altura morrerá (...) a língua
em que foram escritos os versos".
Como inventos, que são substituídos, e como a língua, fadada à morte, a "Tecno" chega hoje ao fim.
Alexandre Versignassi (que estreou a coluna em maio de 2000 e
deu a ela o tom atual) e eu (aqui desde dezembro de 2001) usamos este
espaço 135 vezes para falar de tendências da internet e de inventos
malucos. De pompoarismo a testes
de personalidade. De MP3 a DivX.
De Tourist Guy a Kevin Mitnick. De
WAP a robôs.
"Tudo se transforma", disse Lavoisier. Assim, a partir da semana
que vem, colunas sobre games e
HQs se revezarão por aqui.
No meu nome e no do Alexandre,
agradeço a quem durante quase três
anos leu a "Tecno" (por afinidade
ou acaso), a quem mandou e-mails
reclamando -e até elogiando- e a
quem, mesmo em silêncio, se informou se divertindo.
Valeu. A gente se vê por aí.
E-mail - walabibi@uol.com.br
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