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GAME ON
Chega de saudade
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A revista americana "EGM" (cuja versão brasileira é publicada pela editora
Conrad) lança em novembro uma reportagem sobre games do fim dos anos 70
até o fim dos 80.
Oito garotos e uma menina de dez a 13
anos foram obrigados a se divertirem
com games antigos. Eles testaram o
"Pong", que surgiu aqui como "Telejogo
Philco", o "Donkey Kong", que era o máximo nos fliperamas na década de 80, um
game de futebol americano portátil que
utilizava led de luz representando os jogadores, o "Tetris", criação de um matemático russo e sucesso no início dos 90, o
"Super Mario Bros.", o jogo que lançou a
Nintendo ao topo e revolucionou o mercado de jogos e consoles, "ET", um dos
maiores fracassos da indústria, e o clássico "Space Invaders".
A rapaziada representa a geração PS2.
Eles nem passaram pelo PS1, vendido no
Brasil por uns R$ 450.
"Donkey Kong" ainda provocou alguma diversão, mas os gráficos foram motivo de chacota. "ET" só foi aplaudido
quando o bichinho morreu. Ninguém
entendeu "Tetris". "Super Mario" escapou apesar dos gráficos. "Space Invaders" poderia divertir um dos testadores
por, no máximo, 15 minutos.
E o melhor de tudo: questionados se
preferiam jogar os games ou ir brincar lá
fora, todos optaram por ir para a rua.
Se você se divertiu com algum dos jogos acima, no mínimo, você já é um tiozinho. Tudo bem. Eu também sou. Chega de saudade. Hoje é muito mais legal.
Colaborou Fabio Silva
@ - gameon@folha.com.br
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