São Paulo, Segunda-feira, 04 de Outubro de 1999
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eles tecem o futuro
De manhã alunos, de noite professores

MIRNA FEITOZA
da Redação

Um grupo de 14 jovens de Belo Horizonte (MG), entre 15 e 17 anos, está aproveitando o tempo livre para se dedicar a uma causa nobre. Três vezes por semana, à noite, eles voltam à escola onde estudam para ensinar adultos a ler e a escrever.
A turma, de 21 alunos, é formada por homens e mulheres de até 60 anos. Além de assistir às aulas sem pagar nada, eles têm direito à vale-transporte (um para voltar para casa, outro para retornar à escola no dia seguinte), material escolar e lanche.
Para tocar o projeto, os adolescentes dividiram-se em equipes, sob a orientação de professores do colégio particular Colibri Master. Apenas quatro deles encaram a responsabilidade da sala de aula.
Mas, ao contrário do que se pode imaginar, a parte mais difícil não é essa. O duro é conseguir dinheiro para o vale-transporte. "Nossa dívida está feia. Estamos devendo R$ 500 para a escola", disse Simone Figueiredo Xavier, 17, da equipe de administração.
Segundo ela, o grupo está batalhando para conseguir cestas básicas. "A gente fica emocionada. É tão pouco o que eles precisam. Você passa a valorizar mais o que tem, principalmente a educação."

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