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eles tecem o futuro
De manhã alunos, de noite professores
MIRNA FEITOZA
da Redação
Um grupo de 14 jovens de Belo
Horizonte (MG), entre 15 e 17
anos, está aproveitando o tempo
livre para se dedicar a uma causa
nobre. Três vezes por semana, à
noite, eles voltam à escola onde
estudam para ensinar adultos a
ler e a escrever.
A turma, de 21 alunos, é formada por homens e mulheres de até
60 anos. Além de assistir às aulas
sem pagar nada, eles têm direito à
vale-transporte (um para voltar
para casa, outro para retornar à
escola no dia seguinte), material
escolar e lanche.
Para tocar o projeto, os adolescentes dividiram-se em equipes,
sob a orientação de professores
do colégio particular Colibri Master. Apenas quatro deles encaram
a responsabilidade da sala de aula.
Mas, ao contrário do que se pode imaginar, a parte mais difícil
não é essa. O duro é conseguir dinheiro para o vale-transporte.
"Nossa dívida está feia. Estamos
devendo R$ 500 para a escola",
disse Simone Figueiredo Xavier,
17, da equipe de administração.
Segundo ela, o grupo está batalhando para conseguir cestas básicas. "A gente fica emocionada. É
tão pouco o que eles precisam.
Você passa a valorizar mais o que
tem, principalmente a educação."
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