São Paulo, segunda-feira, 04 de outubro de 2010 |
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Ficção com tutano CASSANDRA CLARE FALA DOS OSSOS DO OFÍCIO DO ESCRITOR DE FANTASIA
DIOGO BERCITO
Folha - "Crepúsculo" é construído em cima de um personagem masculino, Edward. É o mesmo para seu livro? Cassandra Clare - Quando criei Jace, eu tinha em mente o tipo de personagem pelo qual eu me apaixonaria quando era adolescente. Ele é grande parte da razão pela qual meninas leem o livro. Que técnicas você usa para criar personagens? Tenho um caderno com centenas de questões, como "Qual é a comida favorita deles?". Também penso em situações e me pergunto: "O que eles fariam?". Seu livro fala de incesto e do romance entre garotos... Surpreendentemente, a relação gay me causou mais problemas do que o incesto. Recebi poucos e-mails sobre o romance entre irmão e irmã, mas o entre homens fez o livro ser retirado das listas de leitura de algumas escolas. Essas questões delicadas são uma maneira de escapar dos clichês do gênero? Eu incluí personagens gays porque acredito que a ficção deve refletir o mundo real, e eles existem nele. Ajudou a promover o livro? Absolutamente, não. É um mito a ideia de que polêmicas ajudam a vender. Você diria que "Harry Potter" colocou obstáculos ao gênero da fantasia, já que tudo é comparado à série? Acho que hoje tudo é comparado a "Crepúsculo", que foi bem mais importante para minha carreira. O gênero da fantasia foi esgotado por livros como "Harry Potter", "A Bússola Dourada" e "Crepúsculo"? Não! Não acredito que seja possível exaurir um gênero. Reinventar mitologias foi um ingrediente para o sucesso? Acho que as pessoas gostam dos livros porque não falo de uma criatura específica, mas criei um pano de fundo que une diversas delas. Texto Anterior: 02 Neurônio: Força no carão Próximo Texto: Perdeu, bruxinho playboy! Índice | Comunicar Erros |
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