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GAME ON
Americanos querem seduzir mercado japonês
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Microsoft avisou que não vai lançar
game portátil pra concorrer com o N-Gage da Nokia, com o PSP da Sony ou
com os vários aparelhos da Nintendo.
Força total no Xbox. O console da Microsoft já é segundo colocado nos EUA e vê
suas vendas na Europa crescerem com
rapidez. O preço caiu pra US$ 140.
Recentemente, numa conferência de
produtoras na Califórnia, o vice-presidente do Xbox, Peter Moore, acabou
com os japoneses. Acusou as empresas
locais de falta de criatividade e de olharem apenas para o próprio umbigo. "Na
última Tóquio Game Show eu pensei ter
visto o mesmo jogo mais de 15 vezes. Era
sempre um cara com uma espada na
mão correndo de um lado pro outro",
disse o executivo do Xbox.
É claro que o ataque se explica. Nintendo e Sony dominam o riquíssimo mercado japonês, e os americanos querem
uma fatia desse bolo. Não será simples.
No Japão, os jogos são diferentes, os gostos são outros, e Nintendo e Sony são
verdadeiros ícones nacionais. Ver gringos do peso de uma Microsoft entrando
com bom preço e bom equipamento no
mercado local não é exatamente o sonho
das companhias japonesas.
Por outro lado, empurrar jogos americanos rotulando as preferências orientais de exóticas não parece muito promissor. De um jeito ou de outro, os japoneses vão ter que abrir a cabeça e os
olhos, e os americanos vão ter que fechar
os olhos e aprender a respeitar a cultura
alheia. Quem mandou globalizar?
Colaborou Fabio Silva
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