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Lágrimas de Pokémon
JOVEM AMERIC ANO INVENTA PERFIL SENTIM ENTAL PARA A TURMA DO PIKACHU
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DE SÃO PAULO
Ash, o colecionador de
monstrinhos do animê "Pokémon", de 1997, é conhecido pelos fãs por atributos como coragem e lealdade.
Isso, ao menos, no universo oficial da série, iniciada
em 1996 com a fita para o
console portátil Gameboy.
Mas o jovem norte-americano Maré Odomo (mare
odomo.com), 21, enxerga
mais longe.
Na visão do garoto, há na
série uma dimensão sentimental ainda inexplorada.
Por exemplo, o pai de Ash
nunca é mencionado no desenho animado. Mas, para
Maré, ele pode ser justamente a chave para interpretar as
aventuras do herói.
"Não tenho mais dez anos
de idade, não posso continuar acreditando que o Ash
queira ser o melhor treinador
de pokémons sem nenhuma
razão", disse ao Folhateen.
Para ele, a busca por sucesso do protagonista é um
jeito de superar a falta do pai.
Maré desenhou, inspirado
por essa interpretação, as tiras "Letters to an Absent Father" (cartas a um pai ausente), em que explora a melancolia que enxerga na série.
Os desenhos narram as
cartas escritas pelo herói para o pai que não conheceu.
Nesses textos, a tristeza é
tanta que pode fazer os fãs
buscarem novos sentidos no
game e no animê.
Maré encontrou os dele:
"Os personagens têm pais
treinadores e mães donas de
casa, é uma tradição conservadora!", brincou.
Mas, ei, espere um instante. Se Ash não conhece o pai,
como vai enviar cartas a ele?
"Hahaha, não sei se ele envia os escritos. Mas é um processo terapêutico, ainda assim. Faço isso com e-mails
deixados pela metade."
As tirinhas são em inglês e
valem a pena para quem viu
ou jogou "Pokémon".
(DB)
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