São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2001

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REBELDES ESSENCIAIS

Henry David Thoreau (1817-1862)
Escritor e poeta, Thoreau é um marco da contracultura dos EUA. Em primeiro lugar por dar as costas à sociedade e se isolar numa cabana às margens de um lago, experiência que relata no livro "Walden". Em segundo, por ter sido preso ao se recusar a pagar um imposto destinado a financiar a guerra contra o México. Desse fato nasce "A Desobediência Civil", ensaio que influenciou de Ghandi a Martin Luther King.

Friedrich Nietzsche (1844-1900)
Filósofo alemão, Nietzsche ousou propor idéias como a "morte de Deus" e discutir o que se chama niilismo (uma espécie de negação de todos os valores predominantes). Em obras essenciais como "Genealogia da Moral" e "A Gaia Ciência", o pensador corrompeu as bases tradicionais da idéia de verdade.

Arthur Rimbaud (1854-1891)
Poeta francês, começou a escrever poesias aos 16 anos. Rebelde, Rimbaud morou em Paris com o também poeta Paul Verlaine (1844-1896) com quem manteve um relacionamento homossexual. Aos 19 anos, depois de escrever "Uma Temporada no Inferno" e "Iluminações", ele abandona Verlaine e a poesia e vive como aventureiro na África.

André Breton (1896-1966)
Escritor e crítico francês influenciado pela psicanálise e pelo simbolismo, foi um dos principais agitadores culturais da primeira metade do século 20. Em 1919, ajuda a fundar a revista dadaista "Littérature". Em 1924, lança o "Manifesto do Surrealismo". No final dos anos 30, no México, ele funda com o revolucionário Leon Trótski (1879-1940), a Federação de Arte Revolucionária Independente.

Jack Kerouac (1922-1969)
Maior expoente da geração Beat, Kerouac é autor de "Pé na Estrada", livro que usa a escrita automática para narrar suas aventuras autobiográficas em viagens de carro, trem e carona pelos Estados Unidos. Um hino a liberdade, à revolução, ao jazz e à velocidade.

Geração Beat
Agitadores culturais, amantes do jazz, do zen e das drogas, os beats foram o embrião contracultural que desembocou nos hippies e no Verão do Amor, na San Francisco de 1967. Além de Kerouac, os principais beats incluíam William Burroughs, Allen Ginsberg e Gregory Corso.

Timothy Leary (1920-1996)
O psiquiatra Timothy Leary foi um dos nomes do movimento contracultural mais perseguidos pelo governo norte-americano. Um dos pais dos experimentos com o LSD nos anos 60, Leary foi sempre uma figura controversa. Foi preso, escapou da cadeia, juntou-se aos Panteras Negras no Marrocos, fugiu deles. Sempre ativo na busca da expansão da consciência, nos anos 80 encontrou no computador uma nova ferramenta para suas pesquisas. Sua morte, em 1996, foi filmada e se tornou um evento de mídia.

Naomi Klein (1970-)
A jovem escritora canadense é uma das vozes mais interessantes da corrente de jovens ativistas que desembocou nos protestos antiglobalização de Seattle (1999) e Gênova (2001). Seu livro "No Logo" (sem marca, em inglês), publicado no ano passado nos EUA e no Reino Unido, é uma crítica às marcas e às desigualdades provocadas pela sociedade de consumo.



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