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NAMORO
Quem só está ficando também comemora o Dia dos Namorados?
É preciso comprar presente para quem você costuma beijar nas baladas?
Saiba o que vão fazer os adolescentes entrevistados pelo Folhateen
Dia do ficante
ALESSANDRA KORMANN
DA REPORTAGEM LOCAL
O Dia dos Namorados, celebrado no
Brasil no dia 12 de junho, véspera
do dia do casamenteiro Santo Antônio, está chegando. Mais uma vez, os casaizinhos vão trocar presentes, passear de
mãos dadas e sair à noite juntos. Mas e
quem só está ficando, também comemora
a data? O Folhateen entrevistou vários adolescentes para tentar descobrir -e constatou que não há regra, muito pelo contrário.
As respostas são tão variadas quanto os tipos de relacionamento entre ficantes.
A estudante de relações públicas Diana
Helena Sotelo Lavander, 19, que criou a
classificação ao lado, diz que está na fase do
"tô catando", apesar de gostar de um menino que, por ela, virava "uma coisinha".
"Eu tenho um "disque-pizza". Os meninos
acham que são só eles que telefonam e que
as meninas estão facinhas, mas também
tem o outro lado", conta. Mas ela não vai
comemorar o Dia dos Namorados com o
ficante-mozarela. "Eu acho que ficante e
namorado é uma coisa totalmente diferente. Se não é para levar a sério, é melhor nem
começar a namorar." Ela deve passar o dia
12 com as amigas. "Estamos todas solteiras,
vamos trocar presentinhos entre nós."
Já Fernanda Barcellini, 16, que tem um ficante fixo há dois anos, diz que talvez passe
a data com ele. "Pode ser que a gente combine, a gente se fala direto", conta. Em outras ocasiões, ela já ganhou do ficante vários presentinhos e até uma almofada em
forma de coração. Mas por que nunca virou namoro? "Boa pergunta", responde.
Priscilla Campolongo, 17, também tem
um ficante que encontra toda semana na
balada. "Não sei se vou dar presente, acho
que vou comentar que o dia está chegando
para ver se ele fala alguma coisa. Mas, se ele
não der nada, não tem problema, porque
não é namorado, não tem obrigação."
Já Carlos Eduardo Sanches Ribeiro, 18,
vai trocar presente com a ficante, que encontra quase todo final de semana. "Ela até
já comprou. Acho que vou comprar no
dia." Ele já ganhou da garota um sapo de
pelúcia, que guarda no quarto. "A gente se
fala sempre, mas não é namoro, não tem
compromisso sério", diz Carlos Eduardo,
que já chegou a ter duas ficantes fixas ao
mesmo tempo, mas terminou porque "estava difícil administrar".
É o caso atualmente de Ikko Facchini, 15.
"Estou ficando com elas há alguns meses,
mas não vamos comemorar Dia dos Namorados, nada disso. Acho que nem elas
querem, é cada um na sua. Só fico com elas
na balada. Acho que é legal comemorar
quando você namora há um tempo, quando realmente tem um sentimento entre as
pessoas. Ficar é mais curtição."
Henrique Sanches Emidio, 19, que tem
uma ficante fixa há quatro meses, concorda. "Eu já tive dois namoros sérios e não
gostei muito, rola muito ciúme", diz.
Henrique, mais conhecido como Feijão,
fala quase todo dia pelo MSN com a ficante,
que mora em Guararema (SP). "Acho que
vamos nos encontrar no domingo, mas
não sei se vamos trocar presente. Na Páscoa, ela me deu um ovo e eu dei um para
ela", conta.
Ele afirma que, dependendo da evolução
da coisa, pode rever o seu pé atrás com relação ao namoro. "Se eu começar a gostar
muito dela, pode rolar. Por enquanto, ainda estamos nos conhecendo."
Foi o que aconteceu com o ex-casal de ficantes Carlos Felipe Ascon Hoenen, 19, e
Marilia Lygia Elmano Mazzeu, 16. Em janeiro, eles começaram a ficar e, depois de
algumas idas e vindas, começaram a namorar há duas semanas.
"Teve muita conversa, um dando aquelas
alfinetadinhas no outro, tipo: "Quando perguntarem se estamos namorando, o que a
gente responde?'", conta Carlos Felipe.
"Em uma festa, ele começou a me apresentar como namorada para os amigos,
mas eu ainda não sabia disso", lembra Marilia, que até já comprou o presente para o
namorado. Mesmo em época de ficantes,
às vezes a "coisinha" acaba em um velho e
bom final feliz.
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