JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
COLUNISTAS DA FOLHA

A gente sempre acreditou que os opostos se atraíam. Que aquele pretê completamente diferente da gente, que não era moderno, que não trabalhava tanto assim e que não via nenhuma graça em "Friends" podia, sim, ser a nossa cara-metade. Afinal, as qualidades que um não tinha o outro tinha. Tipo o outro lado da moeda. Se você é baixo, gamaria em alguém alto, mesmo que tivesse de namorar na escada. Se você tem insônia, ficaria perdidamente apaixonada por alguém que vai para cama às oito da noite. E vocês viveriam como naquele filme "O Feitiço de Áquila".
E tudo seria lindo mesmo assim.
Mas isso tudo é conversa fiada. Sim, tudo não passa de farsa.
Cientistas americanos (sim, sempre eles!) da Universidade de Cornell revelaram que, nos relacionamentos que dão certo, as pessoas escolhem parceiros semelhantes. Parecidos tanto em atitude como em aparência.
Por isso apenas as pessoas que têm o mesmo gosto e o mesmo estilo de vida conseguem ter um relacionamento estável. Faz sentido.
Os outros -os que se jogaram em relações porque tinham acreditado na lenda dos opostos- se ferram. Afinal, a menina baixa e o cara alto começaram a sofrer de dores de coluna! E o casal que nunca se via continuou sem se ver. E, além de terem qualidades diferentes, eles têm defeitos diferentes! E que não serão compreendidos pelo oposto!
Mas atenção: ter um gosto parecido não significa que vocês sejam parecidos. Porque nós, garotas, adoramos acreditar em pequenas coincidências divinas, que são a prova na Terra de que aquele pretê foi feito para a gente! Então, se ele e você têm as mesmas bandas preferidas... pronto! Ele é o cara!
E é lógico que é bom ter o mesmo gosto musical, mas lembre-se de que isso não é tudo! E vocês ainda podem brigar pelos CDs na hora da separação.



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