São Paulo, Segunda-feira, 08 de Março de 1999
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MULHER

Fatos marcantes da história da mulher

NO MUNDO


Séculos 15 a 17
Mulheres que resistem às imposições da igreja e praticam rituais de cura são consideradas bruxas e queimadas pela Inquisição.

Séc. 17
Desenvolve-se a tese de que as mulheres iriam conseguir a igualdade, se tivessem acesso à educação. A tese se mostrou falsa.

Séc. 19
Início da luta pelo direito ao voto em países como os EUA.

8/3/1857
129 operárias de uma indústria têxtil nos EUA são assassinadas pelos patrões. Elas haviam feito greve por melhores salários e redução da jornada de trabalho, que era de 14 horas.

1910
Criado o Dia Internacional da Mulher no 2º Congresso Internacional de Mulheres, em Copenhague (Dinamarca), em memória das operárias mortas durante protesto nos EUA em 1857.

1949
Lançado o livro que marca o nascimento do feminismo radical contemporâneo, "O Segundo Sexo", da francesa Simone de Beauvoir. Frase célebre da escritora: "Não se nasce mulher, torna-se". Para ela, ""as mulheres sempre foram marginalizadas porque os homens de todas as classes e partidos sempre lhes negaram uma existência autônoma".

1968
A revolução cultural, desencadeada por estudantes franceses, mas que acaba chegando a outros países, envolve as chamadas minorias políticas (índios, negros, homossexuais, ecologistas e mulheres). O movimento feminino adota a palavra de ordem ""O corpo é nosso". O desenvolvimento da pílula anticoncepcional, no início da década, dá impulso à revolução sexual. Agora as mulheres podem fazer sexo por prazer e escolher ter filhos só quando quiserem.

1975
Promovido pela ONU, na Cidade do México, o Ano Internacional da Mulher e a Década da Mulher. Um plano de ação para o decênio seguinte, para eliminar discriminações contra a mulher, é aprovado.

1995
Realizada em Beijing, na China, a 4ª Conferência Mundial da Mulher, mais recente encontro do gênero.

NO BRASIL

1934
As mulheres conquistam o direito ao voto.

1975
São criados diversos grupos de discussão sobre a questão da mulher. Os jornais ""Nós Mulheres" e ""Brasil Mulher" dão voz ao movimento pela anistia, inicialmente promovido pelas feministas.

1978
Acontece o Congresso da Mulher Metalúrgica. As mulheres intensificam a luta por creches, direitos trabalhistas, salários iguais ao dos homens, serviços de atendimento (educação, saúde e vítimas de violência) e pela divisão do trabalho doméstico.

1985
Surge a primeira Delegacia da Mulher em São Paulo. Cresce o número de serviços voltados para a mulher (S.O.S. Mulher, Serviço de Orientação à Família).

1990
Multiplica-se o número de ONGs e serviços de atendimento da mulher.


Fonte: Rachel Moreno, psicóloga e pioneira do movimento feminista no Brasil; e a obra ""Mulher, uma Trajetória Épica", de Zuleika Alambert


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