DA REPORTAGEM LOCAL

Quem leva super-herói a sério e acha que não tem nada de "comic" no universo americano maniqueísta partido ao meio, entre os "do bem" e os "do mal", deve dar um pulo, ou um vôo, até a exposição "Super-Heróis entre Nós".
Baseada na coleção de Ivan Freitas da Costa, a exposição que vai até o dia 14 de agosto, em compasso com a 2ª Feira do Livro Infantil, Juvenil e Quadrinhos de São Paulo, tem mais de 120 obras, a maioria inédita. São esboços e edições raras de figurões como Gene Ha e Eduardo Risso.
A exposição se concentra nos últimos dez anos de produção de quadrinhos de super-heróis. "Isso dá para a exposição um caráter bem fresco: o que está ali acabou de sair nas bancas ou ainda vai sair. Tem Alex Ross e os brasileiros Ivan Reis e Ed Benes", diz o colecionador paulistano.
Ivan, que trabalha como coordenador de marketing, começou a colecionar HQs em 85, mas, para obter originais exclusivos, passou a cultivar uma relação de troca de material com os quadrinistas.
Apesar da semelhança com o Homem-Aranha, o Peter Parker brasileiro que troca o terno burocrático para se lançar ao mundo fantástico da aventura diz preferir os personagens da DC, heróis como o Super-Homem e o Batman, mais idealizados e míticos, segundo Ivan.
"Muitos desenhistas não têm acesso ao que é publicado aqui no Brasil. Passei a enviar-lhes as versões nacionais das publicações deles, que foram me retribuindo com esboços e, às vezes, com páginas. Também comprei material de artistas com os quais não tinha contato", diz Ivan.
"Tudo o que sai do Alex Ross eu mando para ele", diz Ivan, sobre o desenhista da minissérie "Marvels". O desenho considerado mais valioso da exposição, do Super-Homem, é assinado por Ross. "Ele me deu de Natal", diz Ivan, orgulhoso.
A feira e a exposição acontecem no pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, em São Paulo (www.flijq.com.br).
(LUCRECIA ZAPPI)

Texto Anterior: 02 neurônio: Alegria de pobre dura pouco
Próximo Texto: Dicas para quem começa a colecionar
Índice