São Paulo, segunda, 8 de setembro de 1997. |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice evento Folhateen Disco novo do Angra sai no início de 98
da Redação O auditório da Folha lotou de tietes, na última quinta, para a "coletiva de leitores" que o Folhateen promoveu com o grupo de heavy metal Angra. Os cinco integrantes da banda participaram: André Matos (vocal), Kiko Loureiro (guitarra), Rafael Bittencourt (guitarra), Luís Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria). Leia abaixo os melhores trechos.
Gisleine, 16 - Qual é o próximo
trabalho? Vão gravar um CD exclusivo para o Brasil? E shows?
Alex - Por que vocês fazem muito sucesso na França onde o heavy metal não é muito divulgado? André - Os países latinos da Europa aceitam melhor a gente. Nos países onde temos um bom apoio da gravadora, o público é grande. Na Alemanha não é tão grande como nos países latinos, por exemplo. Mas não sabemos se é por esse motivo. Denise, 16 - Vocês desenvolvem projetos paralelos? Quais as inovações que vão fazer no próximo CD? Luís Mariutti - Há o projeto paralelo meu, do Ricardo e de um guitarrista que se chama Mauro. Fazemos um blues metal. Se no disco novo vai haver mudança? Vai. Mas não radical. Estamos desenvolvendo o CD agora e não sabemos o que vai sair no final. Mas vai ficar na mesma linha. Helton, 15 - De onde surgiu o nome da banda? André - O nome não tem uma razão específica, tá? Achei que o nome tinha um som e eu fazia questão que fosse em português, que fosse uma palavra só e simétrica, para que a gente pudesse fazer um logotipo legal. Começa com A e termina com A, ela soa bem em português, soa bem em inglês, tinha de ter esse elo. Alexandra, 17 - Angra na linguagem indígena significa Deus do Fogo. Vocês sabiam disso? André - Na verdade não é deus. É deusa do fogo. Fernando, 18 - André, você não sente saudades dos tempos do "Soldiers of Sunrise", do Viper? André - De alguma forma a gente sente saudade, não especificamente da música, mas do tempo que foi. É um bom disco, mas prefiro "Theater of Fate". Quando fizemos esse disco, ninguém estava fazendo esse tipo de música no Brasil. Então, foi um precursor. O Angra conseguiu levar adiante essa proposta que começou com o Viper e outros. Temos saudade da época em que tudo era mais inocente. Mas a gente cai nessa realidade mais profissional e tem de tocar adiante, não só pensando no Brasil, mas no mundo. Cleber, 20 - Quem de vocês é a favor da legalização da maconha? Luís - Sou a favor da não discriminação de quem usa, de você saber os riscos porque, lógico, não é tão inocente assim. Falar que faz menos mal que o cigarro, não é assim. Tem seus males também, como o cigarro ou a bebida, e não tem de punir quem usa, como ninguém pune quem toma uísque. Ricardo - O grande perigo é passar para uma droga mais forte, usar como intermediária. Lilian, 18 - Qual a possibilidade de rolar um acústico no Brasil? Luís - Não sei as datas, mas vai haver um em Curitiba e outro na Bahia. A gente vai ensaiar um legal e fazer em São Paulo também. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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