São Paulo, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004

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ESTANTE

A epopéia de um artista com defeito de fabricação

LUÍS AUGUSTO FISCHER
COLUNISTA DA FOLHA

Talvez o livro seja um pouco difícil no começo, talvez você tropece em algumas passagens. Mas pode ter certeza de que você fará um grande negócio lendo "Tropicalista Lenta Luta", de Tom Zé, uma das grandes figuras da cultura brasileira destes nossos tempos. O título já é um convite a pensar.
O livro é variado. Começa com uma meditação em forma de memória, tendo como centro os começos da relação de Tom Zé com a música: ele, menino cheio de receios e vivendo no interior da Bahia, queria fazer alguma coisa musical para a namorada. Ele não sabia o que fazer, mas acreditava com muita convicção nas virtudes desse não-saber. Agarrou-se firmemente à intuição e soltou as amarras da imaginação.
Depois, chegou à universidade, onde, por acaso, encontrou professores dispostos a lidar com tipos como ele. Era a Bahia dos anos 60, quando o mundo todo parecia querer dar uma chance à inteligência. Tom Zé aproveitou.
Sua trajetória seguiria em São Paulo, com os festivais de música.
Depois, o livro traz textos que ele escreveu há alguns anos para jornais e as letras das canções de todos os seus criativos e instigantes discos.


Tropicalista Lenta Luta
Autor: Tom Zé
Editora: Publifolha (tel. 0/xx/11/3224-2196)
Quanto: R$ 39



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