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"Boy Power é desnecessário'
free-lance para a Folha
Foi por causa de uma polêmica
com um menino da sua escola,
Ivan Lutchenkov, que Ariel aproveitou para esclarecer as premissas do seu movimento.
O jornal da escola, depois de publicar uma reportagem sobre ela,
recebeu uma carta indignada de
Ivan, aluno do último ano, queixando-se de haver dois pesos e
duas medidas: "As meninas são
aplaudidas pelas mensagens do
Girl Power, enquanto produtos de
uma linha Boy Power seriam inaceitáveis".
Ariel respondeu que "meninas e
mulheres precisam ser lembradas
de que também são fortes. A sociedade está constantemente tentando convencê-las de que são fracas
e de que a aparência física é a sua
qualidade mais importante". Resultado: muitas acabam com problemas de auto-estima duros de
vencer.
Ela diz que, em geral, a desigualdade de direitos é sutil e passa despercebida. As meninas, por exemplo, são chamadas menos vezes
que os meninos pelos professores
para falar na sala de aula; os esportes femininos aparecem menos na
TV e nos jornais; mulheres e meninas têm menos oportunidades
em posições de liderança, tanto no
trabalho como na política.
"Eles sabem desde pequenos que
quando crescerem vão conquistar
os melhores empregos e vão ser
chefes e líderes. Só os de mentalidade mais aberta reconhecem que
as meninas também são competentes e podem liderar." É por isso
que ela acha que fazer colantes de
"Boy Power" não só é desnecessário como até ridículo.
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