São Paulo, segunda, 9 de março de 1998

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Folclore pinta a primeira transa com muito sangue e sofrimento

JAIRO BOUER
especial para a Folha

"Transei pela primeira vez com um cara de que gostava muito. Houve muito carinho, e eu fiquei bastante lubrificada. Aí aconteceram três coisas estranhas: não doeu, não sangrou e ele se locomoveu com muita facilidade para uma primeira vez. Ele falou que ficou pouco sangue no pênis dele, e quando passei uma toalha de papel na vagina saíram apenas quatro gotas de sangue. Depois disso, rompemos. Tenho certeza de que ele achou que eu não era virgem. O que tenho de errado?"

resposta Não sei quem foi que inventou essa história de que a primeira vez tem de ser quase um filme de terror: dores insuportáveis e lençóis banhados de sangue. É um exagero!
Lógico que existe garota que sente um pouco mais de dor ou que tem um sangramento um pouco maior. Mas não é a regra. Portanto, não há nada de errado com você.
A excitação relaxa os músculos que envolvem a vagina e aumenta a lubrificação dessa parte do corpo. A vagina, mais dilatada e úmida, facilita a transa. Se a mulher está assustada, tensa, ela contrai seus músculos. A vagina fica mais estreita e mais seca e podem pintar dores e dificuldades. É isso que acontece com muita garota na primeira vez.
O sangramento ocorre devido o rompimento do hímen, membrana que fica na entrada da vagina. Dependendo da forma dessa membrana e do local em que ela é rompida, o sangramento pode ser mais ou menos intenso. São variações normais.


Jairo Bouer, 32, é médico. Se você tem dúvidas sobre saúde, escreva para o Folhateen ou mande e-mail para jbouer@uol.com.br.



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