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ATENAS TEEN
Geisa Coutinho, que disputará provas de corrida nos Jogos Olímpicos, que começam nesta semana, na Grécia, conta como são os treinos e como já chegou perto de desistir do esporte
Tiro longo - Geisa Coutinho, 24 - atletismo
RODOLFO LUCENA
EDITOR DE INFORMÁTICA
Com 17 anos, Geisa resolveu largar o emprego de empacotadora em um supermercado de Araruama (RJ) e foi para o
Rio dedicar-se integralmente ao atletismo.
A aposta deu certo. Ela não tem mais de dividir alojamento com colegas nem precisa matar
o serviço para treinar. Hoje, a preocupação de
Geisa Coutinho, 24, é fazer bonito em Atenas,
onde disputa os 400m e o revezamento 4x400m.
Folha - Como são seus treinos?
Geisa Coutinho - De segunda a sábado. Tenho
hora para começar, mas não para terminar.
Folha - O que você não gosta de fazer?
Geisa - Treino eu faço numa boa, mas há sempre um treinozinho chato, que eu não gosto,
mas você tem que fazer, que é tiro longo. É tiro
de 400, 500, 600 metros. E musculação eu não
gosto de fazer, mas faço porque faz parte do treinamento. Eu não sou de matar treino.
Folha - Com esse ritmo, alguma vez você pensou
em largar tudo?
Geisa - Já, três anos atrás. Eu via que não estava
dando resultado. Não saía do Rio para nada. Eu
fui desanimando e falei assim: "Puxa, eu vou parar, vou procurar um cursinho, vou estudar,
porque isso não vai me levar a nada". Aí, depois,
parei, pensei e analisei: "Pô, é uma coisa que eu
gosto, tenho que levar a sério, tenho que começar a fazer as coisas direito". Fazia tudo errado.
Saía na noite, bagunçava, me alimentava mal e é
tudo coisa que atrapalha ali naquele meio. Então, meu ex-técnico foi embora para os EUA, e
eu comecei a treinar com o Cavalheiro. Aí vi
que, realmente, eu tinha potencial.
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