São Paulo, segunda, 10 de maio de 1999

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malhação
Academias lançam aulas para divertir

Fabiano Accorsi/Folha Imagem
Aula de spinokê reúne pedaladas a muito gogó dos praticantes mais animadinhos


da Reportagem Local

Onde você prefere malhar: no karaokê, no zoológico, no circo ou no quartel? Algumas academias de São Paulo estão oferecendo aulas de ginástica nada convencionais, que misturam exercício físico com brincadeira e diversão.
Há aula de bicicleta com karaokê, circuito com equipamentos de circo, exercícios de ginástica que imitam o movimento de animais e até treinamento militar. Cada uma ao seu estilo, mas com o mesmo objetivo: tornar o exercício menos penoso e mais divertido.
"Esse tipo de aula é ideal para os alunos que não gostam das modalidades tradicionais das academias", diz a professora de circuito acrobático Mariana Maia, 31.
Nessa aula, a sala parece um picadeiro de circo, com trapézio, cama elástica e cordas. Ao treinar as acrobacias, os alunos vão ganhando mais força e flexibilidade.
Já a ginástica natural, desenvolvida pelo carioca Álvaro Romano, 43, se inspira nos movimentos dos animais. Os praticantes reproduzem os movimentos do macaco, do tigre e do sapo, por exemplo. "Esse tipo de imitação já existia em lutas como o jiu-jítsu e o caratê, mas nesse caso usamos para fazer ginástica", diz o professor.
O treinamento pesado do Exército norte-americano serviu de inspiração para a aula boot camp, consiste em um circuito onde os "recrutas" têm de correr, pular sobre pneus e se arrastar, como se estivessem em um quartel.
Para entrar no clima, os professores dão aula com roupas camufladas, no melhor estilo Rambo. "Apesar de ser uma adaptação, a aula é intensa, voltada para os alunos avançados", diz a professora Cris Tosta, 31.
A aula de spinokê é uma das mais animadas. Em uma sala equipada com várias bicicletas e um equipamento de videokê, os alunos mais desinibidos pedem o microfone e soltam a voz em cima de play-backs de músicas nacionais. Mas o treinamento é intenso e exige muito fôlego para pedalar e cantar ao mesmo tempo.
"Criamos a aula porque os alunos já cantavam durante as aulas de spinning, que simula percursos de bicicleta em diferentes tipos de terreno", diz o professor Ricardo Lima, 25. "Acho que as pessoas sentem necessidade de recreação quando se exercitam."
Quem gosta de lutas marciais, mas não quer partir para o combate, pode conferir o power kick. Os professores Roger Chedid, de kempo havaiano (luta marcial), e Disnei Briones, 23, bicampeão mundial de aeróbica, uniram suas habilidades e criaram essa aula, uma espécie de aeróbica, mas com uma coreografia baseada em golpes de lutas marciais.




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