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Movidos a gasolina
DA REPORTAGEM LOCAL
Peregrinar parece verbo do tempo da
Bíblia, mas faz o maior sucesso na São
Paulo do século 21. Jovens de todos os
cantos da cidade e da zona metropolitana se reúnem nos postos de gasolina da
av. Brigadeiro Faria Lima (zona sul). Alguns estão lá e permanecerão lá para ver
os "rachas" notórios da avenida ou para
simplesmente ficar bebendo com os
amigos. Mas a maioria usa o estabelecimento como ponto de encontro.
Os amigos Eduardo Sanches, 23, Renato Brunetti, 17, e Felipe Ramazzo, 22, vieram do bairro Ipiranga (zona sul), pois
combinaram de se encontrar num desses
postos com garotas que tinham conhecido na noite anterior. "Daqui decidimos
onde vamos deixar as meninas bêbadas.
Daí podemos ir para a Lov.e ou para um
motel", afirma Eduardo.
Já os amigos do Tatuapé (zona leste)
Marcelo Amorim, 24, Décio Nestal, 20 e
Douglas Bressandi, 20, preferem o posto,
mesmo tão distante de suas casas, porque é mais agitado do que os lugares do
bairro deles.
Vindos de Alphaville, bairro de classe
alta de Barueri (Grande São Paulo), Ralf
Pisani, 19, e mais seis amigos preferem ir
a raves e estavam em São Paulo dando
um tempo enquanto decidiam se iam
para Sorocaba ou para Itu (ambas cidades a cerca de 100 km da capital). Sem
querer, os amigos de Alphaville acabaram protagonizando um episódio curioso. Eles estavam nos dois postos em que
o Folhateen foi coletar entrevistas. Por
quê? "Ah, lá no outro posto estava muito
cheio, viemos para cá, que dá para ouvir
um som no carro", diz Ralf.
A poucos metros, outra galera, de outro extremo: da Casa Verde (zona norte).
Eles estavam por ali pelo segundo dia seguido. "Aqui é o pré-aquecimento para a
balada, onde começam as ligações pelo
celular e a gente combina de se encontrar. Devemos ir para o The Bar e, de lá,
comer um "dogão'", diz Felipe Geraldes,
25.(RL)
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