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Dependência dos pais limita o deslocamento na noite
Com hora certa para acabar
André Sarmento/ Folha Imagem
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Marcelle Paiva (a segunda, no alto, a partir da esq.) e seus amigos no Açai |
DA REPORTAGEM LOCAL
Perdidos na noite, mas
por pouco tempo. O
grupo de amigos liderado
por Marcelle Paiva, 16, já
estava prestes a voltar para casa na hora em que a
balada começa a esquentar, à 0h30.
Na comemoração de
seu aniversário no bar
Açaí, que fica na Vila
Olímpia (zona sul de São
Paulo), Marcelle não teve
a chance de fazer a esticadinha básica boate-lanchonete. Seus pais e os de
seus amigos já estavam
vindo buscá-los.
"Fim de férias é um saco", resume o amigo dela
Felipe Jeronimides, 17.
Com o início das aulas na
segunda-feira passada, essa galera ainda depende
dos pais para ir e vir, pois,
geralmente, a mãe tem
medo que o filho saia de
casa de transporte público, e o pai não quer que a
filha volte tarde de táxi.
"Mas, nas férias, rola
uma balada mais forte. A
gente sai de casa e vai para
alguma boate, como a
Lambock. Daí, na volta,
come umas batatinhas fritas no Mc [McDonald's]
da [av. Brigadeiro] Faria
Lima", explica Carolina
Paiva, 16.
O ideal deles também é
se reunir em um lugar antes para, depois de algumas horas, ir para o local
definitivo. Desde que sejam próximos um do outro. "Quando a gente sai
para a balada é sempre
aqui na Vila Olímpia, que
também é mais perto de
casa", afirma mais um dos
amigos de Marcelle, Fernando Vendramini, 16,
que deve esperar até dezembro, quando voltam
as férias, para se divertir
na noite de novo.
(RICARDO LISBÔA)
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