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São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2003

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Dependência dos pais limita o deslocamento na noite

Com hora certa para acabar

André Sarmento/ Folha Imagem
Marcelle Paiva (a segunda, no alto, a partir da esq.) e seus amigos no Açai


DA REPORTAGEM LOCAL

Perdidos na noite, mas por pouco tempo. O grupo de amigos liderado por Marcelle Paiva, 16, já estava prestes a voltar para casa na hora em que a balada começa a esquentar, à 0h30.
Na comemoração de seu aniversário no bar Açaí, que fica na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), Marcelle não teve a chance de fazer a esticadinha básica boate-lanchonete. Seus pais e os de seus amigos já estavam vindo buscá-los.
"Fim de férias é um saco", resume o amigo dela Felipe Jeronimides, 17. Com o início das aulas na segunda-feira passada, essa galera ainda depende dos pais para ir e vir, pois, geralmente, a mãe tem medo que o filho saia de casa de transporte público, e o pai não quer que a filha volte tarde de táxi.
"Mas, nas férias, rola uma balada mais forte. A gente sai de casa e vai para alguma boate, como a Lambock. Daí, na volta, come umas batatinhas fritas no Mc [McDonald's] da [av. Brigadeiro] Faria Lima", explica Carolina Paiva, 16.
O ideal deles também é se reunir em um lugar antes para, depois de algumas horas, ir para o local definitivo. Desde que sejam próximos um do outro. "Quando a gente sai para a balada é sempre aqui na Vila Olímpia, que também é mais perto de casa", afirma mais um dos amigos de Marcelle, Fernando Vendramini, 16, que deve esperar até dezembro, quando voltam as férias, para se divertir na noite de novo.
(RICARDO LISBÔA)

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