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carreira
Boom de academias aumenta mercado para educação física
Atenção a idosos fará a profissão crescer ainda mais nos próximos anos
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não é preciso muito
esforço para saber
para onde vão os 12
mil profissionais
que se formam todo ano em educação física no
Brasil, conforme aponta o Conselho Federal de Educação Física (Confef). Somada às profissões mais tradicionais do ramo
- professores escolares de educação física-, hoje existe a formação de um novo contingente
no mercado, absorvido pelo
boom de academias e pela alta
procura de personal trainers.
Uma vez dentro da faculdade
é que o aluno vai decidir se prefere atuar na rede de ensino
(pública ou privada) ou seguir
carreira como instrutor, treinador ou preparador físico.
"Entre as opções de trabalho,
existe um leque muito grande.
É possível até fazer carreira no
laboratório de uma marca de
artigos esportivos, como pesquisador", diz Rita Verenguer,
coordenadora da faculdade de
Educação Física do Mackenzie.
Para quem escolhe ser professor, é necessário, além dos
quatro anos de faculdade que
correspondem à licenciatura,
fazer o bacharelado, que dura
de um ano e meio a dois.
A grade curricular da faculdade tem três grandes grupos:
atividades de aplicação (o aluno
assiste, orienta ou pratica atividades físicas), biológicas (matérias relacionadas ao organismo, como anatomia, nutrição,
bioquímica etc.) e sociais (matérias relacionadas à psicologia,
sociologia e educação).
A prática administrativa
também tem sido valorizada
dentro dos cursos. "Muitos formandos abrem empresa própria", conta Carlos Ugrinowitsch, titular da faculdade de
Educação Física e Esportes da
USP. E há novos campos à frente: "A atenção a idosos, portadores de deficiência, asmáticos
e outros grupos especiais vai
absorver mais profissionais nos
próximos anos", diz.
Qualidade de vida
Diferentemente do que
acontece na faculdade de Esportes, para entrar nos cursos
de educação física nem sempre
é necessário fazer prova de habilidade específica. "É importante dizer que quem vai entrar
para a faculdade de Educação
Física não precisa ter um passado ligado à prática esportiva",
diz Ugrinowitsch.
Mesmo assim, segundo o
professor, é mais comum ver
esportistas entre os alunos, ou
ainda pessoas com interesse
em qualidade de vida.
Para Rita, esse perfil do aluno
de educação física está cada vez
mais bem definido. "Antigamente, o curso era muito procurado por pessoas que não sabiam muito bem o que queriam
da vida. Noto uma mudança séria nesse sentido: hoje, quem
entra da faculdade de educação
física sabe muito bem o que
quer", observa.
Por ser uma profissão voltada à aplicação de atividades físicas, os cursos exigem altas cargas de aulas práticas (cerca de
25% da grade), assim como estágios em empresas, ONGs e
instituições de ensino vinculadas à faculdade.
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