São Paulo, segunda-feira, 12 de junho de 2000


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OS ASSEDIADOS

Fãs passam e-mail e mão-boba

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O VJ da MTV Marcos Mion, 20, diz que adora o assédio das fãs, mas a namorada, nem tanto. "A Flávia fica com ciúmes, mas sempre deixo bem claro que eu sei separar as coisas", conta. "O problema são algumas situações. Às vezes, estou dançando em uma boate, e as meninas chegam e passam a mão."
Marcos conheceu Flavia Porchat, 25, atriz, em fevereiro do ano passado. "Eu estava terminando o curso de teatro da escola Célia Helena, e ela estava entrando. Quando eu a vi, pensei: "Essa mulher vai ter de ser minha, senão eu não vou ser feliz'", revela.
Na época, os dois estavam comprometidos, então não rolou nada. Mas, quando se reencontraram, há oito meses, não deu para segurar. "Ela é estonteante, doce, carinhosa", se desmancha Marcos. "O que mais gosto é que ela cuida de mim: alimentação, trabalho, tudo. Sou meio desleixado, então isso me faz bem."
O apresentador diz que preferiu nunca esconder a namorada das fãs. "Acho isso errado. A fã tem de gostar de mim pelo que eu sou e não pelo que aparento ser." Ele conta que as tietes até apóiam o namoro. "Mas elas costumam falar: "Quando acabar com ela, me procura"." Marcos adora conversar com as fãs e conta que gosta de beijo e abraço, mas não curte menina que chega chorando. "Eu me sinto mal. Falo logo para ela parar", diz.
Quanto ao presente do Dia dos Namorados, o apresentador diz que os olhares e a conversa valem muito mais que algo material. "Com o dinheiro que já gastei com jantares maravilhosos, que rolam quase todos os dias, poderia ter comprado uma dúzia de anéis de diamante, mas com certeza não seria a mesma coisa."
A apresentadora Fernanda Lima, 22, do programa "Interligado", que passa todos os dias na Rede TV!, também curte o assédio. "Acho gostoso. Gosto quando as pessoas comentam meu trabalho."
Claro que os olhares masculinos são mais frequentes. Mas os fãs não são atirados. "Às vezes, o cara começa a me paquerar sem se dar conta de quem eu sou. Quando me reconhece, dá uma retraída", diz.
Fernanda, que está sem namorado, acha melhor que seja assim. "Acho um saco um monte de cara em cima, me secando. Prefiro bater um papo bacana do que ter de aturar homem folgado", dispara. Ela recebe o incrível volume de cerca de 2.000 e-mails por hora, alguns com cantadas tipo "quer casar comigo?" ou "te dou casa, comida e roupa lavada".
O assédio nunca a impediu de fazer seus programas. "Dirijo meu carro, vou a lugares sozinha. Vou tentar ser assim sempre, ninguém vai se atirar em cima de mim. Se o artista souber dar a medida, é possível viver assim."
Hoje, ela programou sair com as amigas para curtir. "Estou desencanada. Não estou louca para namorar."


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