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SEXO & SAÚDE
Jairo Bouer - jbouer@uol.com.br
Desejo não deve impedir proteção
Beijei uma garota de programa e transei com
ela com camisinha. Não fui o primeiro da noite.
Três dias depois, tive vômitos e náuseas. Posso
ter me contaminado com o HIV pelo beijo?
Saí com uma garota de programa e transei
sem camisinha. Estou preocupado. O que faço?
DUAS PERGUNTAS de jovens leitores que fazem a
gente pensar no comportamento das pessoas frente
ao seu desejo.
Sem fazer juízo moral
das atitudes, vamos lembrar que quem procura sexo com uma garota de programa sabe que ela teve
outros parceiros nos últimos dias.
Uma profissional do sexo transa com frequência
e, portanto, pode ter um
grau de exposição maior a
todas as questões que envolvem essa prática, inclusive doenças sexualmente
transmissíveis, entre elas o
vírus HIV (causador da
Aids).
Para uma segurança
maior na vida sexual é fundamental o uso da camisinha em todas as relações
sexuais. Essa importância
fica ainda mais evidente
quando se procura uma
garota de programa.
Inclusive, hoje em dia,
muitas delas, conscientes
e responsáveis (já que muitas têm essa função temporariamente), se protegem sempre e fazem exames de rotina.
Em resposta ao primeiro
leitor, o beijo não é considerado uma prática de risco para transmissão do
HIV.
Mas, independentemente da garota fazer ou
não programa, você se importaria de beijar alguém
que acabou de beijar ou fazer sexo com outras pessoas? Provavelmente vômitos e náuseas não têm
nenhuma relação com seu
contato com ela.
Para o segundo leitor, a
pergunta é por que, mesmo sabendo de tudo isso,
ele opta por correr riscos?
Essa questão é importante
para ele pensar nas suas
atitudes.
Agora ele deve ir ao médico, solicitar exames e fazer acompanhamento. E
depois? Vai continuar a se
expor a riscos?
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