São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2000


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Para espantar o bode pós-Carnaval nada como um CD novo; vá à loja mais próxima munido desta seleção de lançamentos


"Samba Raro", Max de Castro. Nos anos 60, Wilson Simonal, um negão enorme que dançava muito, ensinou para a galera o que era música black. Agora é a vez de seu filho, Max de Castro, mostrar que é possível fazer música bacana no Brasil de hoje. Neste caso, o raciocínio "pai cool, filho cool" se aplica. O CD reúne samba, funk e elementos de música eletrônica com elegância. (CLAUDIA ASSEF)

"Kiss My Arp", Andrea Parker. Se você está atrás de um som doidão, modernoso, aposte neste CD. O som é bacana, lembra Portishead, mas tem um clima mais dark -se é que possível. Até o currículo da DJ é bacana: Andrea é violoncelista clássica, se formou em canto e já remixou músicas para Depeche Mode e The Orb. Para quem gosta de eletrônica deprê é um prato cheio. (CA)

"Standing on the Shoulder of Giants", Oasis. Noel e Liam, os irmãos egotrip do Oasis, são uns malas. Mas mesmo quem torce o nariz para eles não pode dizer que o novo CD seja chato. Longe disso. O disco abre com o hino rocker "Fuckin" in the Bushes" e continua bom até o final. Mas se você sempre odiou Oasis não é com "Standing..." que vai começar a gostar da banda. (CA)

"Summer of Sam", Trilha do filme "O Verão de Sam". Esta trilha chega ao Brasil junto com o filme do diretor Spike Lee. O disco mistura coisas muito bacanas, como "Got to Give it Up", do Marvin Gaye, e "Running Away", de Roy Ayers, com sons mais batidos, como "Dancing Queen", do Abba, e "La Vie en Rose", da Grace Jones. Legal mas longe de ser imperdível. (CA)

"Sheryl Crow and Friends Live from Central Park", Sheryl Crow. Não tenha vergonha de dizer que você gosta da Sheryl Crow. Ou tenha? O fato é que ela segura muito bem o disco ao vivo com hits como "All I Wanna Do" e "Everyday Is a Winding Road". O CD só fica chato quando ela convida amigos ao palco. Tem desde a arroz-de-festa Chrissie Hynde até Eric Clapton. (CA)

"Motorcade of Generosity", Cake. Este disco do Cake, de 94, chega ao país com um atraso abissal. Mesmo assim, vale a pena conferir o que a banda do largadão John McCrea já sabia fazer no início da carreira. As letras acompanham a rotação lenta, regada a tequila, das músicas. Em "Comanche", a primeira faixa do disco, McCrea ordena ao ouvinte: "Você precisa corrigir sua postura e murchar a pança". Básico do bom. (CA)

"Eric Clapton & Friends", Eric Clapton e convidados. O cantor e guitarrista inglês reúne neste CD um time de primeira para cantar clássicos do blues -incluindo composições próprias. Com o Yardbirds, ele canta "A Certain Girl", "West Coast Idea" e "Miles Road". Há ainda participações de Jack Bruce & Ginger Baker e dos também feras da guitarra Jeff Beck e Jimmy Page. (AP)

"Live at the London Palladium", Marvin Gaye. Marvin Gaye não era mais o rei da cocada quando gravou este disco ao vivo, em 76. Mas, assim como Elvis, que cantou maravilhosamente quando estava gordo e acabado, Gaye mostra por que continuava lotando casas de show mesmo com a carreira em decadência. Também a exemplo de Elvis, o disco é cheio de medleys. (CA)

"Stress, Depressão e Síndrome do Pânico", Autoramas. Com letras um tanto secas, cheias de ira, inteligência e bom humor, como nas faixas "Fale Mal de Mim" e "Autodestruição", e um rock sem mistureba com outros ritmos, o trio carioca -formado por Gabriel Thomaz (vocal e guitarra), Simone do Vale (baixo e vocal) e Bacalhau (bateria)- manda muito bem no CD de estréia. Vale a pena. (AP).

"Breakdown", Melissa Etheridge. A cantora norte-americana, "bolacha" assumida, vem toda introspectiva e melancólica no novo CD. As baladas roqueiras permeiam todo o trabalho, como "Into the Dark", "Truth of the Heart" e a faixa-título, com letras que falam de separações e auto-afirmação. Tudo muito repetitivo e enfadonho. Recomendado somente para os fãs. (AP).

"Marillion.com", Marillion. Em vez da grandiloquência de outrora, os rapazes juntaram nove canções de inegável apelo pop. O CD escorrega na superficialidade, mas a banda prova que ainda pode surpreender sem perder a identidade. Os únicos que ficarão frustrados são os fãs de um tempo em que boa música era medida pela tonelagem do equipamento, e não pelas idéias da banda. (EF)

"Stiff Upper Lip", AC/DC. Depois de cinco anos longe dos estúdios, os australianos liderados pelo guitarrista Angus Young voltam para requentar uma receita criada há duas décadas (no clássico "Back in Black") e que ainda apresenta sinais vitais. É puro rock'n'roll. Riffs curtos, distorcidos e marcantes de guitarra, vocais berrados e bateria pulsante. Quer mais? (EDSON FRANCO).



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