São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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SEXO & SAÚDE

JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br

Gênios modernos ainda têm posturas "animais"

QUEM AINDA não assistiu a "A Rede Social" pode estar perdendo o que boa parte da mídia considera o filme do ano. Não diria isso (gosto mais dos argentinos "Dois Irmãos" e "O Segredo dos Seus Olhos"), mas o filme que conta a história do Facebook e do seu criador, Mark Zuckerberg, é diversão garantida.
Como todo drama, o filme exagera em alguns aspectos da personalidade dos personagens. O Zuckerberg que vemos na tela está pintado, provavelmente, com cores mais carregadas do que o original.
Mesmo assim, em um momento do filme, uma conversa entre ele e Sean Parker, criador do Napster, chama a atenção. Eles filosofam acerca de sua genialidade, criatividade, potencial de virarem bilionários e, é claro, mulheres.
E chegam à conclusão de que uma das redes sociais mais poderosas do mundo e um dos programas de baixar música pela internet mais populares no planeta foram criados, de alguma forma, para impressionar suas respectivas "amadas".
Chega a ser engraçado imaginar que muitas das criações mais geniais dos tempos modernos sejam uma maneira de se exibir para os outros ou de se diferenciar em meio à mesmice da vida cotidiana.
Lembra o esforço desesperado de machos do reino animal de mostrar suas plumas, sua pelagem e sua força para "convencer" as fêmeas de que têm o melhor patrimônio genético.
Eles passam por cima de amigos e de convenções, ficam nas margens da ética e, às vezes, até da lei para alcançar seus objetivos. Pelo visto, até o presente momento, conseguem chegar lá!
E o pior é que, de acordo com a história, nenhum dos dois fica com a alma "amada"! As criações são um verdadeiro sucesso, mas as "respectivas" se mandam da vida deles. Não é de se pensar no assunto?


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