São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 |
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ESCUTA AQUI ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR - cby2@uol.com.br Só um WikiLeaks cover derruba o WikiLeaks EU QUERIA mesmo é que fundassem o WikiLeaks do WikiLeaks. Um grupo que fizesse com o WikiLeaks o mesmo que o WikiLeaks faz com todo o resto do mundo virtual. Ou seja: invadir computadores, vasculhar e-mails, quebrar códigos, causar constrangimento, calcinar reputações. Será que o WikiLeaks sobreviveria? Faço esse exercício de imaginação porque me irrita um pouco esse endeusamento, essa canonização do WikiLeaks e de seu criador, Julian Assange. Claro que o que o WikiLeaks fez nas últimas semanas é sensacional. Foi constrangimento para todo lado. Mas, na real, o que tem de novo ali, o que esses documentos provam? Basicamente, que a diplomacia é falsidade pura, um lamaçal de futricas e leviandades. Isso é novidade? É por isso que eu queria o WikiLeaks do WikiLeaks. Para que se descobrisse como foi a operação que botou os documentos no ar. Teve grana para o soldado que vazou a parada? E para a família dele? Rolou pré-seleção do material? Como é a comunicação entre Assange e quem trabalha com ele? Ele é movido por vendetas pessoais? É um psicopata perigoso? Meu palpite furreca: um dia, a casa de Assange vai cair. Porque ele deve ser um picareta ególatra, tão ou mais criminoso que as pessoas e instituições que busca denunciar. O estilo apareço-fingindo-não-gostar-de-aparecer de Assange lembra o de outra figura sombria: Osama Bin Laden. Ego maior do que o dele nem os de Jesus e Maomé somados. Mas a história não termina aqui. Fica mais complicada. Se todos os picaretas ególatras fossem riscados do mapa, sobraria alguma figura pública no mundo? Sobraria alguém para contar nossa triste história? PLAYER Leia no papel "50 Anos a Mil", Lobão e Claudio Tognolli Autobiografia alucinada do roqueiro, num estilo entre Nick Kent e Arthur Veríssimo, se é que você me entende. Não leia no papel "50 Anos a Mil" Autobiografia verborrágica do roqueiro (600 páginas). Com 200 páginas a menos, seria muito melhor. Decida você mesmo "50 Anos a Mil" Dependendo do ponto de vista, o melhor ou o pior livro sobre rock brasileiro ever. Texto Anterior: "The Fool" tem referências pós-punk e grunge Próximo Texto: Novos em folha Índice | Comunicar Erros |
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