São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 2000


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02 NEURÔNIO

FAMA, FATAL FAMA!

COMO SOFREMOS NA ADOLESCÊNCIA!

Fama de galinha, fama de canalha, fama de vadia, fama de nerd. Sim, achávamos que essa babaquice tinha caído em desuso, mas cada vez recebemos mais cartas de pessoas preocupadas com a FATAL FAMA, como já cantou o Morrissey.
Se serve de consolo, confessamos que tínhamos péssima fama na adolescência (ainda temos, mas não ligamos, pelo menos não muito).
Uma de nós tinha fama de muito doida, e todo mundo do colégio jurava que ela já tinha feito um aborto. Só que ela era virgem, ora! Outra tinha fama de certinha e teve de cortar o cabelo new wave assimétrico (cruzes!) só para se afirmar. E por aí vai...
Ganhar fama é fácil. É só ser um pouquinho diferente. Se as meninas da turma gostavam de Lô Borges e você gostava de punk rock, pronto, você só podia ser uma louca drogada. Afinal, no filme "Sid & Nancy", todo mundo que gostava de punk rock era drogado. Se você gosta de Led Zeppelin, pronto, ganha fama de hippie suja.
Mas você também pode usar a fama a seu favor. Por exemplo: se você tem fama de ser meio maluquinha, com certeza pode ficar amiga das pessoas mais velhas do colégio. E o povo da sua turma vai ficar com mais medo de você!
E se os seus cabelos não são longos, você não usa todas as roupas de grifes que estão na moda e não escuta a mesma música horrível que as patricinhas da escola, com certeza, você vai ganhar fama. Vão escolher algum rótulo: galinha, nerd ou CDF e vão te infernizar para o resto da vida! Espera! Não é para o resto da vida, não; chega uma hora em que você desencana e vive (quase) feliz para sempre. É claro que, anos depois, quando você reencontrar esses mesmos colegas de colégio, eles vão se assustar e dizer coisas como "Nossa, como você está diferente". Enquanto muitos deles continuam exatamente iguais. Apenas um pouco mais gordos e, talvez, com menos cabelo.

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