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Empresários reclamam dos altos custos
DA REPORTAGEM LOCAL
O empresariado alvo das críticas em relação ao cumprimento da lei de meia-entrada rebate com argumentos. O mais
forte deles é de que a meia-entrada inviabiliza os eventos dos quais o maior público é estudante, o que obriga as casas a
elevar o preço original do ingresso. "A lei
nos obriga a uma matemática e a um
exercício de futurologia para estabelecer
o preço do ingresso. Se ficar caro, tomo
prejuízo porque a casa fica vazia. Se ficar
barato, também tomo prejuízo", explica
Jorge Maluf, diretor do Via Funchal.
Outro argumento é de que o empresariado já paga quase 25% de impostos sobre o lucro da bilheteria e outros mais de
25% sobre o cachê da atração internacional. Desta forma, a lei prejudicaria essas
empresas, que arcam com prejuízos sem
obter nenhum tipo de isenção fiscal.
Na opinião de Marcelo Saraiva, advogado de casas como o Via Funchal, o
Olympia e o Credicard Hall, a confusão
entre as leis municipais, estaduais e a
medida provisória complicaram as interpretações do direito estudantil.
O deputado Jamil Murad diz que pretende, agora que foi eleito deputado federal, propor a meia-entrada em âmbito
nacional. "No Congresso, os empresários podem propor alguma facilitação
dos tributos", sugere.
Sobre a venda de meia-entrada em um
endereço único, Saraiva afirma ter acordado a venda de entradas no Credicard
Hall com a UNE. O presidente da entidade nega o acordo. "Apesar do show ser
no Pacaembu, a bilheteria da casa é que
tem infra-estrutura para a venda de
meia-entrada. Não daria para instalar no
Pacaembu os computadores e o sistema
necessários", alega Saraiva.
O advogado só não sabe explicar porque a meia-entrada para o show da dupla
Sandy & Junior, ontem, no mesmo Pacaembu, estavam à venda tanto no Credicard Hall como na própria bilheteria
do estádio.
(FM)
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