São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 2002

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Empresários reclamam dos altos custos

DA REPORTAGEM LOCAL

O empresariado alvo das críticas em relação ao cumprimento da lei de meia-entrada rebate com argumentos. O mais forte deles é de que a meia-entrada inviabiliza os eventos dos quais o maior público é estudante, o que obriga as casas a elevar o preço original do ingresso. "A lei nos obriga a uma matemática e a um exercício de futurologia para estabelecer o preço do ingresso. Se ficar caro, tomo prejuízo porque a casa fica vazia. Se ficar barato, também tomo prejuízo", explica Jorge Maluf, diretor do Via Funchal.
Outro argumento é de que o empresariado já paga quase 25% de impostos sobre o lucro da bilheteria e outros mais de 25% sobre o cachê da atração internacional. Desta forma, a lei prejudicaria essas empresas, que arcam com prejuízos sem obter nenhum tipo de isenção fiscal.
Na opinião de Marcelo Saraiva, advogado de casas como o Via Funchal, o Olympia e o Credicard Hall, a confusão entre as leis municipais, estaduais e a medida provisória complicaram as interpretações do direito estudantil.
O deputado Jamil Murad diz que pretende, agora que foi eleito deputado federal, propor a meia-entrada em âmbito nacional. "No Congresso, os empresários podem propor alguma facilitação dos tributos", sugere.
Sobre a venda de meia-entrada em um endereço único, Saraiva afirma ter acordado a venda de entradas no Credicard Hall com a UNE. O presidente da entidade nega o acordo. "Apesar do show ser no Pacaembu, a bilheteria da casa é que tem infra-estrutura para a venda de meia-entrada. Não daria para instalar no Pacaembu os computadores e o sistema necessários", alega Saraiva.
O advogado só não sabe explicar porque a meia-entrada para o show da dupla Sandy & Junior, ontem, no mesmo Pacaembu, estavam à venda tanto no Credicard Hall como na própria bilheteria do estádio. (FM)


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