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TV
Série que estréia nesta semana mostra grupo de pessoas abduzidas que volta misteriosamente à Terra e cai nos EUA
Onde andam vocês?
DIOGO BERCITO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Por seis décadas, alienígenas abduziram 4.400 pessoas pelo mundo, por
motivos desconhecidos, e, de repente, resolveram deixá-las nos EUA. Esse é o
tema de "The 4400", série de ficção científica que estréia na próxima sexta-feira.
O governo tem, então, de realojar essas
pessoas, cujas famílias, em alguns casos,
nem existem mais. O tempo para eles não
passou enquanto estavam no espaço e foram considerados mortos por seus países.
Além de toda essa complicação social,
surge outro problema: alguns obtiveram
poderes paranormais e agora terão de se
habituar a eles. É o caso, por exemplo, de
Shawn, que é ridicularizado na escola por
ser um dos 4.400 (o número vira uma espécie de apelido para os desaparecidos que
retornaram sem nenhuma explicação).
Mas o caso de Shawn não é nada perto do
que Richard Tyler e Lily Moore vão ter que
passar. Ele, há muitos anos, foi apaixonado
pela avó de Lily e agora sente uma forte ligação com sua neta; já ela, quando volta para o marido, descobre que as coisas mudaram durante os 11 anos em que esteve fora.
Maia, então, é um estereótipo ambulante
de menina medonha: é bonitinha, pequenininha e prevê o futuro. Ah, e é claro, além
de ser órfã (porque, como foi abduzida em
1946, seus pais já morreram de velhice).
O maior problema do seriado são as fórmulas batidas. Trabalhando para o governo estão Tom e Diana, que, juntos, irão desvendar todos os casos paranormais envolvendo os 4.400 e garantir que eles terão
uma vida normal e não prejudicarão ninguém com seus poderes (eu sei, eu também
me lembrei imediatamente de "Arquivo-X"). E, sim, todo esse drama de readaptação e aceitação vai levar o telespectador a
lembrar de "X-Men".
A história é envolvente e cheia de mistérios. Afinal, porque eles foram libertados
nos EUA (egocentrismo americano?). A característica mais forte é o conjunto de personagens bem elaborados e intrigantes (exceto a menininha, que é clichê demais).
A série, de cinco capítulos, vai ao ar a partir do dia 19, às 21h, no Universal Channel.
Diogo Bercito, 16, é aluno do segundo ano do ensino médio
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