NA ÚLTIMA semana, a aplicação do Enem voltou a trazer uma série de problemas para os estudantes que estão tentando entrar na universidade em várias partes do Brasil. Em 2009, o exame já havia apresentando falhas graves de segurança e precisou ser reaplicado.
Desta vez, furos no esquema de segurança apareceram novamente (uso de celular supostamente "furou" o tema de redação antes de a prova acabar), cartão de repostas com ordem invertida, erros de digitação, partes de uma prova inseridas em outra e numeração equivocada de questões. Tudo isso atrapalhou a concentração e o desempenho.
Novamente vão acontecer alterações em prazos, reaplicação de provas, mudanças em calendários. Tudo isso vai interferir no uso do resultado do exame como forma de acesso às principais universidades federais do país. Que pena!
A ideia de um exame seriado e mais generalista (que deveria ser feito ao longo do ensino médio) no lugar de uma prova única e, às vezes, mais específica (como o vestibular) parece ser mais justa com os milhares de jovens que tentam ingressar no ensino superior. Isso acontece há muito tempo nos EUA, por exemplo.
Mas esse processo, pelas dimensões e complexidades do Brasil, precisa ser feito de forma tranquila, bem planejada, sem atropelos e com altos níveis de segurança.
Se a gente consegue garantir eficácia e segurança em um processo complexo como as eleições para presidente em todo o país, com mais de 100 milhões de pessoas votando, não é possível que ele não seja realizável em uma prova como o Enem.
Imagine a quantidade de dinheiro que foi gasto! Imagine quantos estudantes terão o "trabalhão" e o desgaste de repetir uma prova desse tamanho! Não é justo! Daqui para a frente, mais seriedade e competência para implantar esse exame!



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