ALEXANDRE VERSIGNASSI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ouvir rádio na internet é uma beleza: tem estação em ucraniano, estoniano, turcomano e mais um monte de línguas terminadas em "ano".
E o engraçado é que, mesmo se a rádio for em jupiteriano, a programação dela não vai ser lá muito diferente da das estações de Mongaguá ou Pirituba: se for rock'n'roll, só dá Metallica, Ozzy e coisa e tal; se for normal, só Britney, Backstreet Boys e Sei-lá-o-quê Boys. E, quando o som é na língua do lugar de origem, também não ajuda. Quer ver? Então dá uma olhada na www.turkfm.com, que toca pomperô em turco, e na vietnamita http://radio.thienthai.com, com um monte de Sandy e Júnior vietcongue.
Tudo bem que, no fim, dá para encontrar estações que tenham a ver com seu gosto, seja ele qual for. Aí, para achar as ditas-cujas, uma boa é baixar o programa Real Player (www.realguide.com.br) e o Windows Media Player (www.windowsmedia.com), que encontram toneladas de rádios. O único porém é que você tem de ralar um tempinho para achar algo que preste.
Aí o bicho pega é na conta de telefone: morrem quase R$ 1,50 por hora (pelas chamadas locais). A não ser que você deixe para procurar depois da meia-noite ou nos fins de semana, quando a tarifa fica em R$ 0,09 pelo tempo que for.
Mas vida boa mesmo têm os caras com conexão de banda larga, que recebem transmissões no micro com um som melhor que o do rádio da sala. Isso porque elas aguentam estações com mais de 64 Kbps; e, quanto mais Kbps's, melhor o som. É pena que, para explicar isso, a gente tenha que falar marciano.