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Projeto Caldeirão das Artes agita o meio universitário
da Reportagem Local
A partir do dia 26/8, o projeto
Caldeirão das Artes, uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura em associação com os centros acadêmicos das faculdades,
vai agitar o meio universitário.
"Vai ser uma volta aos famosos
festivais, mas com as mudanças
conceituais dos novos tempos",
diz o coordenador-geral do projeto, Fernando Guimarães, 24, estudante de ciências sociais na USP
(Universidade de São Paulo).
O primeiro bloco de eventos já
está agendado para agosto e setembro (leia quadro abaixo, à direita). O objetivo do projeto é reunir as produções artísticas dos
universitários de cada faculdade e
expô-las em um grande evento.
Diferentemente dos festivais
dos anos 60, que se concentravam
na competição de músicas, no
Caldeirão das Artes vale tudo:
música, literatura, dança, fotografia, artes plásticas, teatro etc. "No
meio universitário, há muita gente desenvolvendo trabalhos de
qualidade, e o projeto pretende
mostrar que há vida inteligente
fora da produção cultural massificada", explica Guimarães.
Os eventos são organizados a
partir dos centros acadêmicos das
faculdades. Os responsáveis reúnem a moçada que está interessada em mostrar o seu trabalho e fazem um mapa das possíveis apresentações. Depois, há uma reunião com o produtor artístico da
secretaria para orientar a organização do roteiro do evento, previsto para ter duração de três horas. "Mas a concepção é sempre
dos alunos", garante Guimarães.
As apresentações, que são gratuitas e abertas ao público, acontecem de uma maneira compacta,
em vários espaços e ao mesmo
tempo. E há sempre um artista ou
um grupo convidado, que vai interagir com os expositores e fazer
uma apresentação final. "A idéia é
que os convidados tenham algo a
acrescentar do ponto de vista de
qualidade e de crítica aos trabalhos", afirma Guimarães.
O coordenador artístico do projeto é o músico Marcelo Nova, líder da banda Camisa de Vênus.
Para ele, com os eventos, os estudantes vão mostrar sua produção
cultural e veicular seus trabalhos.
Além de agitar os estudantes, o
Caldeirão está promovendo uma
mobilização da classe artística.
Músicos como Nasi, do Ira, Clemente, dos Inocentes e Murilo Lima, ex-vocalista do Capital Inicial, já se integraram ao projeto.
Concebido para ser realizado
em todo o Estado, os dois blocos
iniciais do projeto acontecem na
capital, mas, no primeiro semestre do ano 2000, os eventos chegam ao interior. E a programação
para outubro e novembro está
aberta.
Portanto, se você é um artista
universitário, procure o mais rápido possível o pessoal do centro
acadêmico, que deve entrar em
contato com a secretaria pelo tel.
0/xx/11/221-6649, com Guimarães
ou qualquer pessoa da equipe de
produção do projeto. No dia 18/8,
um show de Marcelo Nova para
convidados das instituições lança
oficialmente o Caldeirão das Artes.
(FÁTIMA GIGLIOTTI)
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