Em "Pequena Miss Sunshine", família atravessa os EUA de Kombi para levar caçula a concurso de miss

LETICIA DE CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sucesso no festivais de Sundance e do Rio, "Pequena Miss Sunshine" entra em cartaz na sexta-feira. Olive Hoover (Abigail Breslin), protagonista da comédia, sonha ser miss. Aos sete anos de idade, sua principal diversão é assistir a concursos de beleza na televisão e ensaiar sua performance para o grande dia em que disputará a faixa.
Quando o dia chega, a garota fica numa excitação tão incontrolável que toda a família resolve acompanhá-la até a Califórnia, para ela disputar o concurso Little Miss Sunshine, que escolherá uma miss-mirim.
Pai, mãe, irmão, tio e avô de Olive embarcam numa Kombi amarela velha, para uma viagem de três dias.
Assim como Olive, toda a família Hoover é um tanto excêntrica. Richard (Greg Kinnear), o pai, é um palestrante motivacional criador de um programa (fracassado, diga-se de passagem) que estabelece "nove passos para o sucesso". Dwayne (Paul Dano), o filho mais velho, é um leitor de Nietzsche aspirante a piloto de avião, que fez voto de silêncio e se comunica com as pessoas por meio de anotações. Edwin Hoover (Alan Arkin), o avô, é um velho desbocado, que usa coletes de couro e foi expulso de um asilo por usar drogas.
O tio, Frank (Steve Carell), é um especialista em Proust que sobrevive a uma tentativa de suicídio. Por fim, a menos bizarra, Sheryl (Toni Collette), é a matriarca que tenta segurar a barra de todos.
Portanto, é compreensível que a viagem seja uma sucessão de desastres. A rebimboca da parafuseta quebra logo no comecinho da jornada, obrigando os viajantes a empurrar a Kombi toda vez que vão dar partida; em uma parada, a aspirante a miss mirim é esquecida, enquanto a tripulação segue viagem. Isso sem falar nas calorosas discussões familiares.


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