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SEXO E SAÚDE
Quando automedicação rima com encanação
JAIRO BOUER
COLUNISTA DA FOLHA
"Tenho 21 anos e tomei uma pílula do dia
seguinte há quatro
dias. Hoje, comecei a
ter um sangramento
escuro e pouco intenso. O problema é que
eu tinha ficado menstruada havia uma semana. E agora? É normal sangrar dessa forma? Meu ciclo vai ficar
desregulado?"
Em primeiro lugar, lá vai uma bronca! Nunca
tome remédios sem a orientação do seu médico. Antes de tomar a pílula do dia seguinte,
toda mulher deve falar com seu ginecologista
para checar se esse medicamento é mesmo necessário e para obter informações sobre o uso
correto da pílula.
Se você tivesse ligado para seu médico, saberia, por exemplo, que era muito pequeno o risco de você estar no seu período fértil, tendo ficado menstruada poucos dias antes da transa
suspeita. Portanto talvez o uso da pílula do dia
seguinte, no seu caso, tenha sido um exagero
de precaução.
Em segundo lugar, o médico explicaria que o
sangramento alguns dias depois de tomar a pílula do dia seguinte é relativamente comum.
A pílula altera os níveis de hormônio feminino no seu corpo, o que leva à descamação do
útero e a um sangramento semelhante ao da
menstruação.
É bom lembrar que a pílula do dia seguinte
também pode provocar dores de cabeça, náuseas e mal-estar.
Depois, o médico diria que a pílula pode desregular seu ciclo menstrual, o que pode provocar atrasos ou antecipações no próximo ciclo.
Quem usa esse tipo de recurso com frequência
pode tornar seu ciclo completamente imprevisível.
Para terminar, ele diria que, por todos os motivos explicados acima, a pílula do dia seguinte
deve ser encarada como um método de emergência, que só deve ser usado em situações em
que há risco real de uma gravidez indesejada e
sempre sob orientação médica.
E, para evitar situações de emergência, nada
melhor do que usar um método anticoncepcional seguro e confiável.
A pílula convencional é uma boa pedida. Não
se esqueça também da nossa velha conhecida,
a camisinha.
O preservativo pode prevenir uma gestação
indesejada e também a protege de adquirir
uma doença sexualmente transmissível.
Um papo com seu ginecologista pode render
explicações sobre
todos os métodos
anticoncepcionais
disponíveis hoje no
mercado. Converse
com ele, certo?
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