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São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2003

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SEXO E SAÚDE

Quando automedicação rima com encanação

JAIRO BOUER
COLUNISTA DA FOLHA

"Tenho 21 anos e tomei uma pílula do dia seguinte há quatro dias. Hoje, comecei a ter um sangramento escuro e pouco intenso. O problema é que eu tinha ficado menstruada havia uma semana. E agora? É normal sangrar dessa forma? Meu ciclo vai ficar desregulado?"

Em primeiro lugar, lá vai uma bronca! Nunca tome remédios sem a orientação do seu médico. Antes de tomar a pílula do dia seguinte, toda mulher deve falar com seu ginecologista para checar se esse medicamento é mesmo necessário e para obter informações sobre o uso correto da pílula.
Se você tivesse ligado para seu médico, saberia, por exemplo, que era muito pequeno o risco de você estar no seu período fértil, tendo ficado menstruada poucos dias antes da transa suspeita. Portanto talvez o uso da pílula do dia seguinte, no seu caso, tenha sido um exagero de precaução.
Em segundo lugar, o médico explicaria que o sangramento alguns dias depois de tomar a pílula do dia seguinte é relativamente comum.
A pílula altera os níveis de hormônio feminino no seu corpo, o que leva à descamação do útero e a um sangramento semelhante ao da menstruação.
É bom lembrar que a pílula do dia seguinte também pode provocar dores de cabeça, náuseas e mal-estar.
Depois, o médico diria que a pílula pode desregular seu ciclo menstrual, o que pode provocar atrasos ou antecipações no próximo ciclo. Quem usa esse tipo de recurso com frequência pode tornar seu ciclo completamente imprevisível.
Para terminar, ele diria que, por todos os motivos explicados acima, a pílula do dia seguinte deve ser encarada como um método de emergência, que só deve ser usado em situações em que há risco real de uma gravidez indesejada e sempre sob orientação médica.
E, para evitar situações de emergência, nada melhor do que usar um método anticoncepcional seguro e confiável.
A pílula convencional é uma boa pedida. Não se esqueça também da nossa velha conhecida, a camisinha.
O preservativo pode prevenir uma gestação indesejada e também a protege de adquirir uma doença sexualmente transmissível.
Um papo com seu ginecologista pode render explicações sobre todos os métodos anticoncepcionais disponíveis hoje no mercado. Converse com ele, certo?



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