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NASCE UM VILÃO
Adolescentes fãs da saga de George Lucas contam como anda a expectativa para a estréia de 19 de maio
Cabeça nas estrelas
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles nem tinham nascido quando estreou, em 1977, o primeiro episódio
de "Guerra nas Estrelas". Mesmo assim, influenciados por pais, tios e irmãos
mais velhos, tornaram-se hoje verdadeiros
fãs da saga de George Lucas e mal conseguem esperar para ver o último e decisivo
episódio 3, "A Vingança dos Sith".
A vida de um adolescente fã dos cavaleiros Jedi pode ser solitária no mundo real,
mas é cheia de amigos quando o tema são
fóruns de discussão e listas de e-mail e sites
que fornecem "spoilers" -informações divulgadas
antes de um filme estrear e que estragam
("spoil", em inglês)
a surpresa.
Augusto Chierice Venerando
da Silva, 13, teve
seu primeiro
contato com o
universo "Star
Wars" ao ser levado
pela irmã mais velha
para assistir a "Ameaça Fantasma", em 1999.
"É difícil encontrar jovens da minha idade
que gostem, porque a
maioria dos fãs assistiu
aos filmes quando foram lançados, nos anos
70 e 80. Na escola, nenhum amigo meu gosta", diz.
O fanatismo da mãe de
Milena da Rocha, 16, contaminou o gosto da estudante. "Desde que eu sou
criança, tem esse negócio
de "Star Wars". Acho que desde antes de eu
nascer minha mãe participa desse grupo de
fãs, o Esquadrão Ford", diz.
"Acho que a saga deveria ser mais divulgada. Tenho amigos meus que gostam porque acompanham desde criança. Você
cresce com isso", diz Milena, que evita de
todas as maneiras as informações divulgadas em "spoilers". "Se chega e-mail eu deleto; se alguém fala, digo para ficar quieto."
Há quem diga que esses "spoilers" são
plantados na internet pelo próprio estúdio
que lança o filme. "É difícil de evitar os
"spoilers". Gosto de assistir a traileres na internet e acabo vendo várias fotos. Já vi a
Amidala morta, o Anakin pronto para virar
Darth Vader, o Yoda lutando... mas acho
que eles colocam de propósito, pois as fotos
têm qualidade de oficiais. Fica claro que são
eles que deixam vazar como divulgação",
explica o estudante Kim Doria, 17, que tem
como preferido da saga o episódio 5.
"Já assisti a cada filme umas quatro vezes.
Gosto mais de "O Império Contra-Ataca"
porque não é o George Lucas que dirige. Ele
é um péssimo diretor de atores. É o filme
mais emocionante e dramático; as coisas
dão errado e não têm final feliz. O que eu
menos gosto é "O Ataque dos Clones", apesar de gostar bastante do Ewan McGregor e
de a trilha sonora ser muito boa."
Júlia Nogueira Souto, 17, começou a entrar de cabeça no fanatismo por "Star
Wars" quando o pai dela a levou para assistir à versão remasterizada de "O Retorno de
Jedi", em 1997. "Não entendi bem, porque
não tinha muita idade. Depois, eu e meus
primos vimos os episódios 4 e 5; foi muito
legal. O número de vezes que vi é incontável, pois comprei os vídeos e via sem parar
durante uns três meses. Gosto mais de "O
Retorno de Jedi", porque adoro a trilha sonora e porque foi o primeiro que eu vi... ficou no meu coração."
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