São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2005

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MÚSICA

O havaiano Jack Johnson lança no Brasil seu novo CD, "In Between Dreams", e conta como trocou a câmera pelo violão

Surfe e violão

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 29 anos, Jack Johnson leva uma vida que poderia ser o sonho de muito adolescente. Nasceu no Havaí, foi surfista de elite, dirigiu filmes de surfe e agora, com um violão embaixo do braço, lidera o trio que leva seu nome e lança no Brasil o terceiro álbum, "In Between Dreams". Jack nasceu no litoral norte da ilha de Oahu, onde ainda convive todos os dias com os maiores surfistas do planeta. Até os 17, ele próprio era um deles e chegou até a ser patrocinado por grandes marcas.
Mas encarar as ondas radicais do Havaí era pouco. Então, ao lado dos amigos, os irmãos surfistas Chris e Emmett Malloy, Jack passou a registrar as manobras de gente como Rob Machado e Kelly Slater com uma câmera de 16 mm, como contou por telefone ao Folhateen, de Perth, na Austrália, onde passa com a turnê desse seu novo CD.
"Aprendi a tocar violão quando tinha 14 anos, na mesma época em que um amigo meu começou. A primeira música que aprendi foi "Father and Son", de Cat Stevens. Mas comecei a fazer música somente para servir de trilha para meus filmes", conta Jack, que tem dois DVDs em seu currículo: "Thicker Than Water", que recebeu o prêmio de vídeo do ano da revista "Surfer", e "The September Sessions", premiado no festival de filmes da ESPN.
"Ter crescido no Havaí foi muito bom, pois é um lugar onde muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. Há as praias e todos os maiores surfistas do mundo o tempo todo. Não sei se a minha música serve apenas para ser ouvida na praia, mas, com certeza, é um ótimo local para escutá-la, pois o mar serve de inspiração para minhas canções."
Mas nesse último disco, segundo ele, as músicas não foram necessariamente compostas à beira-mar. "Escrevi muitas das faixas nas turnês que fiz pelo mundo. Carrego comigo uma pequena mesa de gravação e já coloco minhas idéias antes de gravá-las."
A gravação do disco não poderia ter sido mais "na boa", em um estúdio nos fundos da casa dele no Havaí. "Nos intervalos, íamos à praia e fazíamos churrasco."
O disco conta com a participação de Dan Nakamura, também conhecido como o produtor Automator, um dos caras por trás do projeto Gorillaz. Mas Jack gostaria mesmo de uma voz feminina em seu futuro trabalho. "Adoraria gravar com a Norah Jones. Provavelmente nunca trabalharemos juntos, mas ela tem uma voz incrível", afirma. (LEANDRO FORTINO)

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