DA REPORTAGEM LOCAL

Um curioso fenômeno aproxima o Brasil da Escandinávia e revela que, por trás do extremismo de um gênero como o heavy metal e do estilo muitas vezes soturno de seus fãs, há uma dose considerável de misticismo e um gosto por elementos da música erudita.
A banda finlandesa Stratovarius está exatamente nesse cruzamento: entre a poderosa guitarra Stratocaster e o renomado violino Stradivarius. Trata-se da combinação que deu origem ao nome do grupo e que pode ser considerada a precursora do tal metal melódico, feito também por bandas como Angra, Shaman e Blind Guardian.
Virtuosismo e técnica levados às últimas consequências, arranjos de gosto duvidoso, e vocais agudos e impostados.
O gênero é tão popular entre metaleiros brasileiros que o Stratovarius, líder do estilo, já esteve no país três vezes em apenas sete anos e chega nesta semana ao Brasil para sua quarta turnê latino-americana. O grupo apresenta canções de seu décimo primeiro disco, "Elements Pt.1", em Curitiba (21/8), em São Paulo (22/8 e 23/8) e no Rio de Janeiro (25/8).
O público dos finlandeses é fiel, e seus shows se transformam em grandes manifestações de devoção -coisa de fã. Melhor deixar a palavra com eles...
Fabíola Maria dos Santos, 21, conta que o show da turnê "Infinite" a que assistiu foi "simplesmente o melhor da minha vida". "A presença de palco deles é impressionante. Nem dá para acreditar que estão tocando de tão perfeito que é o som. Saí do show meio chocada."
Jefferson Camargo, 23, já assistiu a dois shows do grupo e lamenta não poder ir às apresentações desta semana. "Não é por falta de vontade, mas pelo custo dos ingressos. Os shows estão muito caros. Já faz um tempo que não vou a um."
Rodrigo Melo, 25, vai encarar os R$ 70 (pista) dos shows no Olympia. "Vou a caráter! E já decorei as letras." (FM)