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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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Esta é a melhor época para se candidatar a bolsas e a programas de estudo e de trabalho no exterior

Temporada de caça

RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL

Há quem defenda que navegar pela internet é a mesma coisa que viajar. Está longe de ser verdade, mas dá uma baita força para que se queira passear pelos aeroportos do mundo. Principalmente se você é estudante.
Se estiver na fase em que acabou de terminar o ensino médio, então, é a pessoa certa, na hora certa, no lugar certo. Do início do segundo semestre até meados de setembro, as universidades do hemisfério Norte abrem suas inscrições para selecionar bolsistas, e, com a ajuda da internet, fica mais fácil apostar.
Hoje, as grandes universidades do mundo têm sites com informações gerais. Porém melhor do que procurar uma a uma é tentar a sorte em programas como o Alban, que selecionam alunos latino-americanos para fazer cursos em escolas da União Européia.
Quem já está cursando alguma faculdade e tem vontade de fazer alguns semestres fora tem ainda mais facilidade. Ir periodicamente à secretaria do seu curso é o caminho mais curto para descobrir (e quem sabe conquistar) oportunidades de bolsas. Se você estudar numa universidade pública, será ainda mais fácil. Grande parte delas possui convênios com instituições mundo afora e seleciona alunos para intercâmbios entre si.
Só que, tanto por intermédio da faculdade quanto por conta própria, conseguir emplacar seu nome entre os selecionados implica pelo menos duas coisas: ter um bom conhecimento de língua estrangeira e um histórico escolar acima da média.
Como isso não acontece de uma hora para outra, para entrar numa faculdade com uma boa carga de conhecimento, é necessário ter feito um ensino médio bem além do razoável. Mesmo escolas caras costumam oferecer bolsas a alunos que não possuem renda suficiente para pagar as mensalidades e aos que se saem bem nos estudos.
Se seu currículo e seu inglês (ou espanhol ou italiano ou francês, dependendo do país escolhido) estiverem dentro dos padrões exigidos, a hora de jogar a sorte é agora. Se não, você tem um ano pela frente para se preparar.

Estudar e trabalhar
A forma mais rápida de aprender outra língua é morar em um lugar onde ela é falada. Até o fim de agosto, há inscrições abertas para tentar uma vaga de operador de caixa, garçom e outras funções em locais de turismo de inverno nos EUA.
A chance de trabalhar fora por alguns meses, mesmo que em ocupações pouco glamourosas, torna-se ainda mais atraente pela imersão em outra cultura e pela certeza de receber uma grana com a qual se sustentar por lá durante um período de até quatro meses.
Mas, para desempenhar essas tarefas, consideradas básicas, o interessado deve se dispor a pagar R$ 5.600 pela viagem.
Estudar sem bolsa, então, custa uma pequena fortuna. Um ano numa high school americana custa R$ 18 mil em média e, em uma faculdade regular, fica em torno de R$ 45 mil. Apesar de essas quantias poderem ser parceladas, o ideal seria fazer tudo de graça. E isso é possível.



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