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Esta é a melhor época para se candidatar a bolsas e a programas de estudo e de trabalho no exterior
Temporada de caça
RICARDO LISBÔA
DA REPORTAGEM LOCAL
Há quem defenda que navegar pela internet é a mesma coisa que viajar. Está
longe de ser verdade, mas dá uma baita
força para que se queira passear pelos aeroportos do mundo. Principalmente se
você é estudante.
Se estiver na fase em que acabou de terminar o ensino médio, então, é a pessoa
certa, na hora certa, no lugar certo. Do
início do segundo semestre até meados
de setembro, as universidades do hemisfério Norte abrem suas inscrições para
selecionar bolsistas, e, com a ajuda da internet, fica mais fácil apostar.
Hoje, as grandes universidades do
mundo têm sites com informações gerais. Porém melhor do que procurar
uma a uma é tentar a sorte em programas como o Alban, que selecionam alunos latino-americanos para fazer cursos
em escolas da União Européia.
Quem já está cursando alguma faculdade e tem vontade de fazer alguns semestres fora tem ainda mais facilidade.
Ir periodicamente à secretaria do seu
curso é o caminho mais curto para descobrir (e quem sabe conquistar) oportunidades de bolsas. Se você estudar numa
universidade pública, será ainda mais fácil. Grande parte delas possui convênios
com instituições mundo afora e seleciona alunos para intercâmbios entre si.
Só que, tanto por intermédio da faculdade quanto por conta própria, conseguir emplacar seu nome entre os selecionados implica pelo menos duas coisas:
ter um bom conhecimento de língua estrangeira e um histórico escolar acima da
média.
Como isso não acontece de uma hora
para outra, para entrar numa faculdade
com uma boa carga de conhecimento, é
necessário ter feito um ensino médio
bem além do razoável. Mesmo escolas
caras costumam oferecer bolsas a alunos
que não possuem renda suficiente para
pagar as mensalidades e aos que se saem
bem nos estudos.
Se seu currículo e seu inglês (ou espanhol ou italiano ou francês, dependendo
do país escolhido) estiverem dentro dos
padrões exigidos, a hora de jogar a sorte
é agora. Se não, você tem um ano pela
frente para se preparar.
Estudar e trabalhar
A forma mais rápida de aprender outra
língua é morar em um lugar onde ela é falada. Até o fim de agosto, há inscrições
abertas para tentar uma vaga de operador de caixa, garçom e outras funções em
locais de turismo de inverno nos EUA.
A chance de trabalhar fora por alguns
meses, mesmo que em ocupações pouco
glamourosas, torna-se ainda mais
atraente pela imersão em outra cultura e
pela certeza de receber uma grana com a
qual se sustentar por lá durante um período de até quatro meses.
Mas, para desempenhar essas tarefas,
consideradas básicas, o interessado deve
se dispor a pagar R$ 5.600 pela viagem.
Estudar sem bolsa, então, custa uma
pequena fortuna. Um ano numa high
school americana custa R$ 18 mil em média e, em uma faculdade regular, fica em
torno de R$ 45 mil. Apesar de essas quantias poderem ser parceladas, o ideal seria
fazer tudo de graça. E isso é possível.
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