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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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Intercâmbio ajuda a aprender língua "de verdade"

DA REPORTAGEM LOCAL

Dólar sobe, dólar desce e o intercâmbio de estudantes continua firme e forte. Só a agência STB (Student Travel Bureau) mandou 10 mil novos estudantes para diferentes cantos do mundo no ano passado. Só para não variar, o principal destino são os EUA.
Foi de lá que Letícia Suga Orikasa, 18, voltou em junho. Ela passou dez meses na cidadezinha de Russellville, no Estado do Arkansas. "Dei muita sorte porque a minha família era bem legal e já tinha hospedado uma intercambista antes, daí eles falavam mais devagar comigo. Nem alimentos eu precisava comprar na escola, pois levava de casa", lembra.
Graças a essa bocada, Letícia conseguia passar um mês com US$ 150 sem enfrentar apuros. "Minha grana era mais para ir ao cinema e coisas assim", diz. Tudo bem, família bacana, diversão assegurada, mas e quanto aos estudos? "Lá, o ensino é mais fraco do que o daqui, de uma maneira geral. O que é mais pesado mesmo é o inglês. No começo, achei que não iria aprender nada porque os professores falavam muito rápido, mas isso durou só uns dois meses", revela.
Letícia gostou tanto da temporada que decidiu embarcar de novo. Ainda neste mês ela volta aos EUA para começar uma faculdade que deve durar, pelo menos, quatro anos, desta vez no Havaí.
Já seu colega intercambista, Fábio Geromel, 17, também chegado do Arkansas, preferiu fazer faculdade no Brasil. "Cheguei em junho e, desde então, estou acompanhando as aulas da terceira série para não ficar muito por fora no fim do ano", explica. Fábio lembra que só passou por problemas ao chegar aos EUA quando percebeu que seus cinco anos de cursos de inglês no Brasil não haviam surtido efeito.
Fábio concorda que o ensino das disciplinas clássicas nos EUA é menos puxado, com exceção do inglês, e diz preferir que seja assim. "A educação é mais global e existem aulas mais legais, de artes e de esportes", justifica. "A vantagem de estudar fora, viver em outra cultura e aprender outra língua é o mais importante", finaliza. Alguém discorda? (RL)


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