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Game on
Quem disse que game é papo só de homem?
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Até pouco tempo atrás, os videogames
eram um brinquedo alienante. Hoje
em dia, com o mercado movimentando
nas vendas mais de US$ 6 bilhões por
ano, todos dizem maravilhas deles. A última "verdade absoluta" dos detratores
do jogo eletrônico é dizer que são uma
mídia masculinizada, que não gera interesse no público feminino.
A última grande pesquisa realizada nos
EUA em 2003 pela Entertainment Software Association mostrava que 60% dos
jogadores eram do sexo masculino. Por
que as meninas não jogam tanto quanto
os rapazes? Várias possibilidades: a primeira é que os games são desenvolvidos
para os meninos e, assim, existem poucos jogos específicos para as mulheres.
Não parece mesmo muito comum
uma menina gastar horas jogando uma
partida de futebol ou hóquei ou disputando uma corrida de carros. É verdade
também que a grande maioria dos jogadores dos games de tiro são meninos.
Mas aqui mesmo no Brasil já existem várias equipes femininas disputando campeonatos de Counter-strike. E o que exatamente seria um game para meninas? O
da Barbie? Nada contra a boneca patricinha, mas acho que é subestimar a capacidade de diversão das mulheres.
Talvez as meninas não joguem tanto
por achar que a tal "verdade" masculina
é mesmo real. Que tal o irmão, o namorado ou o amigo largarem um pouco o
jogo e emprestá-lo a elas? Garanto que a
surpresa será geral. Delas e deles. O perigo é o cara nunca mais poder jogar.
Colaborou Fabio Silva
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