São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2004

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Game on

Quem disse que game é papo só de homem?

ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Até pouco tempo atrás, os videogames eram um brinquedo alienante. Hoje em dia, com o mercado movimentando nas vendas mais de US$ 6 bilhões por ano, todos dizem maravilhas deles. A última "verdade absoluta" dos detratores do jogo eletrônico é dizer que são uma mídia masculinizada, que não gera interesse no público feminino.
A última grande pesquisa realizada nos EUA em 2003 pela Entertainment Software Association mostrava que 60% dos jogadores eram do sexo masculino. Por que as meninas não jogam tanto quanto os rapazes? Várias possibilidades: a primeira é que os games são desenvolvidos para os meninos e, assim, existem poucos jogos específicos para as mulheres.
Não parece mesmo muito comum uma menina gastar horas jogando uma partida de futebol ou hóquei ou disputando uma corrida de carros. É verdade também que a grande maioria dos jogadores dos games de tiro são meninos. Mas aqui mesmo no Brasil já existem várias equipes femininas disputando campeonatos de Counter-strike. E o que exatamente seria um game para meninas? O da Barbie? Nada contra a boneca patricinha, mas acho que é subestimar a capacidade de diversão das mulheres.
Talvez as meninas não joguem tanto por achar que a tal "verdade" masculina é mesmo real. Que tal o irmão, o namorado ou o amigo largarem um pouco o jogo e emprestá-lo a elas? Garanto que a surpresa será geral. Delas e deles. O perigo é o cara nunca mais poder jogar.


Colaborou Fabio Silva


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