São Paulo, segunda-feira, 19 de outubro de 2009

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INTERNETS

Ronaldo Lemos

ronaldolemos09@gmail.com

Aqui e agora

Vale fazer um experimento. Procure no Google por uma banda nova, como os ingleses do XX. Em primeiro lugar, vai aparecer o MySpace da banda, depois seu site oficial, seguido de alguns posts de blogs maiores. O problema desses resultados é que eles são quase estáticos. Quem procurar pela mesma banda daqui a três meses vai encontrar praticamente a mesma informação, já que a ordem de busca do Google muda muito lentamente.
Agora procure no buscador do Twitter.
A perspectiva é bem diferente. Vai ter gente descrevendo o show que aconteceu na noite anterior (ou que está acontecendo naquele momento). Outros dizendo que estão ouvindo a banda, gostando ou não gostando.
Dá até para medir a popularidade dela, verificando de quanto em quanto tempo ela é mencionada (na semana passada havia cerca de 20 menções por hora, nada mal).
Nessa brincadeira, está acontecendo algo quase impensável. O Google está ficando para trás, ainda que temporariamente, no mercado de "busca em tempo real". E esse mercado vai ser cada vez mais importante e útil, inclusive para pequenas coisas.
Já vi gente que só sai de casa para ir a um show quando tem certeza de que a banda de abertura (menos interessante) já está terminando de tocar. E como saber? Buscando no Twitter. Isso muda também a forma como a mídia tradicional é consumida. Quando a MTV fez a entrega dos prêmios do VMB deste ano, o que mais me chamou a atenção foram os 2.000 posts gerados por minuto quando ele estava no ar.
É um mercado em plena transformação e aberto para quem tiver a melhor ideia.
Até há pouco tempo, o Technorati, site que busca o que as pessoas estão falando nos blogs, era a melhor ferramenta. A competição agora é entre o Twitter e o Facebook (que também está apostando no "aqui e agora"). O Google obviamente deve se mexer em breve. Enquanto isso, fico curioso para saber se há muitos projetos no Brasil pensando nisso.
O momento é agora.

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JÁ ERA
Pensar que jogos de tabuleiro são coisas do passado

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