Banda de zoeira saída da TV em "Hermes e Renato", Massacration lança 2º CD após "exílio" na África

CHICO FELITTI
DA REPORTAGEM LOCAL

As opções na mesa de café da manhã da autoproclamada "maior banda de metal da história" são: pão, conhaque e álcool de limpar casa. Talvez por terem "madrugado" antes das 11h, os cinco cabeludos do Massacration, que lança seu segundo CD, tenham ficado só no pão mesmo durante a entrevista com a Folha. No dia anterior, eles tinham acabado de gravar a décima temporada de "Hermes e Renato", que entrou no ar na terça passada. Para os dias seguintes, já têm shows marcados. Isso porque ainda nem bolaram a nova apresentação, que sai por cerca de R$ 10 mil. Não que improviso seja problema, como se vê na entrevista abaixo.

 

FOLHA - Onde estavam desde que lançaram o primeiro CD, em 2005?
MASSACRATION - Na África! A gente estava fazendo uma turnê, sofreu um acidente aéreo. Fomos adotados por uns animais: um tigre-de-bengala, um gato-do-mato, um mangusto, um suricato... Viramos um pouco bicho. A gente bebia leite de onça, até ser desmamado. Fugimos nadando até pegar carona com piratas somalianos, que reconheceram a gente...

FOLHA - Vocês estão com roupas menos "metaleiras"?
MASSACRATION - Cansamos de vestir preto. Nossas roupas foram feitas com as peles dos bichos que nos adotaram. A verdade é que nós somos bonitos e tá na hora de explorar isso.

FOLHA - De onde veio a ideia para a parceria com o Falcão?
MASSACRATION - O Falcão foi o primeiro cara a satirizar um estilo musical. Enquanto ele faz isso com o brega, a gente faz com o heavy metal. Ele foi o primeiro a usar o "embromation", esse inglês aí, avacalhado.

FOLHA - Como vocês compõem?
MASSACRATION - O YouTube ajuda muito a gente. Às vezes, a gente descobre uma pepita de ouro, como [os cantores bregas] Ednaldo Pereira e Marli.

FOLHA - Pensam em fazer "stand up comedy"?
MASSACRATION - Não temos esse ritmo. Se a gente conta piada, o cara fica triste. Mas vamos fazer um espetáculo teatral, de esquetes ao vivo...


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