São Paulo, segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

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Sexo & saúde

Jairo Bouer

De novo, a camisinha

A gente não poderia terminar o ano de 2005 sem falar de um dos assuntos centrais dessa coluna: o uso da camisinha. Apesar do tema já ter sido abordado diversas vezes, não podemos esquecer que a responsabilidade na hora do sexo hoje é mais do que fundamental.
De acordo com uma nova pesquisa do Ministério da Saúde e do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) divulgada no início de dezembro, o jovem brasileiro está usando mais o preservativo na sua primeira relação sexual. Entre os mais novos (16 a 19 anos), 65% usam a camisinha na primeira vez. Na faixa de 20 a 24 anos, 55% usaram na primeira experiência. Esses números são maiores do que na pesquisa anterior, de 1998.
Os garotos usam mais a camisinha na primeira vez do que as garotas. A pesquisa aponta que a responsabilidade pelo uso foi proposta pelas duas partes, embora os homens sugiram mais a colocação do que as mulheres. Em relação os uso consistente (usar sempre a camisinha), os garotos também usam bem mais do que as garotas.
E por que os garotos não usam? Os motivos alegados foram: falta da camisinha na hora H, não ter informação e não pensar no assunto. E por que as garotas dispensam a camisinha? Basicamente por confiarem no seu parceiro.
Os jovens continuam usando mais a camisinha nas relações eventuais do que nas estáveis. Quase 87% dos garotos de 16 a 19 anos usam a camisinha nas relações casuais. Já entre as mulheres de 20 a 24 anos, só 23% usam preservativo com parceiros fixos.
Se, de um lado positivo, os índices mostram que mais jovens colocam a camisinha na primeira vez, que o uso consistente pareça estar um pouco melhor e que, nas relações casuais, as pessoas se protegem mais, do outro lado, os motivos alegados para o não uso da camisinha são primários (para não dizer inadmissíveis), as garotas continuam a vacilar muito mais do que os garotos e nas relações um pouco mais estáveis, a camisinha fica no fundo da gaveta.
Que tal a gente encarar o desafio de fazer do próximo ano um período de felicidade, prazer e liberdade, mas sem se esquecer do cuidado com a gente mesmo?


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