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Sexo & saúde
Jairo Bouer
De novo, a camisinha
A
gente não poderia terminar o ano de
2005 sem falar de um dos assuntos
centrais dessa coluna: o uso da camisinha. Apesar do tema já ter sido
abordado diversas vezes, não podemos esquecer que a responsabilidade na hora do sexo hoje é mais do que fundamental.
De acordo com uma nova pesquisa do Ministério
da Saúde e do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise
e Planejamento) divulgada no início de dezembro, o
jovem brasileiro está usando mais o preservativo na
sua primeira relação sexual. Entre os mais novos (16
a 19 anos), 65% usam a camisinha na primeira vez.
Na faixa de 20 a 24 anos, 55% usaram na primeira
experiência. Esses números são maiores do que na
pesquisa anterior, de 1998.
Os garotos usam mais a camisinha na primeira
vez do que as garotas. A pesquisa aponta que a responsabilidade pelo uso foi proposta pelas duas partes, embora os homens sugiram mais a colocação
do que as mulheres. Em relação os uso consistente
(usar sempre a camisinha), os garotos também
usam bem mais do que as garotas.
E por que os garotos não usam? Os motivos alegados foram: falta da camisinha na hora H, não ter informação e não pensar no assunto. E por que as garotas dispensam a camisinha? Basicamente por
confiarem no seu parceiro.
Os jovens continuam usando mais a camisinha
nas relações eventuais do que nas estáveis. Quase
87% dos garotos de 16 a 19 anos usam a camisinha
nas relações casuais. Já entre as mulheres de 20 a
24 anos, só 23% usam preservativo com parceiros fixos.
Se, de um lado positivo, os índices mostram que mais jovens colocam a camisinha na primeira vez, que o uso consistente pareça estar um pouco melhor
e que, nas relações casuais, as
pessoas se protegem mais, do
outro lado, os motivos
alegados para o não uso
da camisinha são primários (para não dizer inadmissíveis), as garotas continuam a
vacilar
muito
mais do
que os garotos e nas relações um pouco
mais estáveis, a camisinha fica no
fundo da gaveta.
Que tal a gente encarar o desafio
de fazer do próximo ano um período de felicidade, prazer e liberdade,
mas sem se esquecer do cuidado com a gente mesmo?
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