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São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

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+ SAÚDE

Igreja pede abstinência e condena o uso da camisinha

DO COLUNISTA DA FOLHA

Nas últimas semanas, a Igreja Católica se posicionou contra a camisinha, contestando sua eficácia no combate à Aids. Essa posição, como se sabe, pode colocar populações inteiras em situação de muito risco. A Unaids (órgão da ONU para o combate à Aids) e o Ministério da Saúde do Brasil responderam à posição da igreja, explicando que a camisinha é, sim, uma barreira eficaz à proliferação do HIV.
A igreja usa o argumento da fragilidade da proteção da camisinha para defender a abstinência sexual. Ora, que a igreja defenda a abstinência sexual antes do casamento, tudo bem. No entanto, no momento em que ela se coloca claramente contra a camisinha, traz um prejuízo enorme para muita gente que utilizaria essa forma de proteção. Gente que, se usa camisinha, não segue a recomendação de abstinência da igreja.
A religião é feita para muitos, mas não para todos. Seus preceitos e dogmas não devem ser confundidos com teorias defendidas por especialistas em prevenção. Para quem segue a abstinência sexual, a camisinha realmente não tem uma importância central. Afinal, essas pessoas optaram por não fazer sexo. Agora, para quem não tem essa atitude, a camisinha é uma proteção indispensável.
Religião alguma deveria ir contra algo que protege os homens e que salva muitas vidas. (JB)


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