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GAME ON
O Brasil quer muito ser Papai Noel para a Sony
ANDRÉ VAISMAN
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O Playstation 2, game de última geração
da Sony, não foi lançado oficialmente
no Brasil. Não tem data marcada nem
previsão possível. É vendido em modelo
importado com um joystick por cerca de
US$ 400. Lá fora, você o encontra por
US$ 200 e com dois joysticks.
Na semana passada, a Sony divulgou
que o PS2 atingiu a marca de 60 milhões
de unidades entregues no planeta. Lembro que o jogo foi lançado em março de
2000 no Japão e em outubro do mesmo
ano nos EUA. São só três aninhos.
A venda de games para o PS2 atingiu,
até agora, a marca de 400 milhões de unidades. A US$ 50 cada um, dá uma boa
grana. São US$ 20 bilhões! Parece muito?
Agora, lembre-se de que ainda há o
Playstation 1, da Sony, o Xbox, da Microsoft, e, ainda, toda a linha da Nintendo,
que vai do Super-Nes ao GameCube,
passando por ao menos três versões de
portáteis e por todos os seus jogos, na
maioria exclusivos. Parece bastante?
Sabe com quanto o Brasil contribuiu
oficialmente para esse número de vendas? Zero. Por aqui, milhões de jogadores continuam presos a antigas tecnologias ou aos PCs. Oficialmente, o Brasil segue de fora. Com o lucro que têm mundo
afora, as indústrias de games nem têm
moral para acusar a pirataria brasileira
como razão para sua ausência no país.
Que entrem de uma vez. Criem emprego e diversão. Coloquem o preço lá embaixo e bom suporte técnico, que, em
pouco tempo, a gente ajuda a engordar o
Natal deles.
Colaborou Fabio Silva
@ - gameon@folha.com.br
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