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BALÃO
Não vi ainda, mas já gostei
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais uma da série "Não vi, mas já gostei!". Alto lá: antes que você comece
a chamar esta coluna de picareta, aponte
para Harvey Pekar, um zé-ninguém que
escreveu uma série de histórias sobre si
mesmo, virou história em quadrinhos,
peça de teatro, figurinha carimbada do
programa de David Letterman e, por
fim, filme de sucesso em Sundance, em
Cannes e, agora, na 27ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Tudo começou na década de 70, quando Pekar trabalhava como arquivista
num hospital de Cleveland e foi morar
justamente ao lado de quem? De Robert
Crumb, o cara. Outro expert em retratar
o próprio umbigo, Crumb ficou salivando para desenhar as histórias autobiográficas de Pekar. Em 1976, nascia a revista "American Splendor", pela qual
passariam também figurões da HQ americana, como Spain Rodriguez, Frank
Stack, Paul Mavrides e Joe Sacco.
A boa notícia: "American Splendor
-°The Movie" ou (dã!) "Anti-herói Americano" finalmente está entre nós. Misto
de documentário e ficção, tem atores no
lugar dos personagens (Pekar, sua mulher, Crumb etc.) e direção de Shari
Springer Berman e Robert Pulcini.
Até o final da mostra (www.mos
tra.org), ainda restam três sessões: na
sexta-feira (24/10), às 22h, no sábado
(25/10), às 21h, e na quarta (29/10), às
22h. Repito: não vi, não li, mas recomendo. A gente se vê lá!
@ - balao@folha.com.br
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