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Sexualidade em quadrinhos
GIBIS DA UNESCO FALAM A JOVENS DA REDE PÚBLICA SOBRE ABORTO, SEXUALIDADE
E DSTs
DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO
"Pra mim todo homem
tem um desejo escondido por
outros homens", diz um jovem gay. "Também não vamos exagerar, né, mano... Isso também é preconceito",
responde um amigo.
É nesse clima informal que
os personagens dos seis gibis
publicados pela Unesco (braço da ONU para educação e
cultura) debatem temas como homossexualidade, DSTs
e gravidez na adolescência.
As HQs foram lançadas na
semana passada em parceria
com o governo federal e devem chegar, em breve, às escolas públicas de todo o país.
No evento de lançamento,
o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o
projeto conseguiu tirar vários
"véus" que estão "cobrindo a
realidade" da juventude.
Segundo o ministro, "há
muito preconceito, muita intolerância e muito cinismo"
na maneira como essas informações chegam aos jovens.
Assim, o projeto da Unesco tenta ir direto ao ponto e
colocar assuntos delicados
em pauta.
Fazer isso com gibis faz
parte da proposta de tratar de
temas sociais em formatos
mais modernos, via celulares
e internet.
"Para que o salto não seja
drástico, pensamos nas HQs,
porque estão no meio do caminho", explica Guilherme
Canela, coordenador de comunicação e informação da
Unesco no Brasil.
Além de um roteiro ágil, os
quadrinistas envolvidos na
empreitada contribuem para
um bom resultado. Entre
eles, destaca-se Eddy Barrows (leia mais ao lado).
Apesar de ser bem mais direto, o roteiro sofre de um
efeito "Malhação", em que a
iniciativa de dialogar com jovens pode ser boa -mas, vinda de adultos, pode também
soar artificial.
Colaborou Angela Pinho, de Brasília
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