São Paulo, segunda-feira, 21 de junho de 2010

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Sexualidade em quadrinhos

GIBIS DA UNESCO FALAM A JOVENS DA REDE PÚBLICA SOBRE ABORTO, SEXUALIDADE E DSTs

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

"Pra mim todo homem tem um desejo escondido por outros homens", diz um jovem gay. "Também não vamos exagerar, né, mano... Isso também é preconceito", responde um amigo.
É nesse clima informal que os personagens dos seis gibis publicados pela Unesco (braço da ONU para educação e cultura) debatem temas como homossexualidade, DSTs e gravidez na adolescência.
As HQs foram lançadas na semana passada em parceria com o governo federal e devem chegar, em breve, às escolas públicas de todo o país.
No evento de lançamento, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o projeto conseguiu tirar vários "véus" que estão "cobrindo a realidade" da juventude.
Segundo o ministro, "há muito preconceito, muita intolerância e muito cinismo" na maneira como essas informações chegam aos jovens.
Assim, o projeto da Unesco tenta ir direto ao ponto e colocar assuntos delicados em pauta.
Fazer isso com gibis faz parte da proposta de tratar de temas sociais em formatos mais modernos, via celulares e internet.
"Para que o salto não seja drástico, pensamos nas HQs, porque estão no meio do caminho", explica Guilherme Canela, coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil.
Além de um roteiro ágil, os quadrinistas envolvidos na empreitada contribuem para um bom resultado. Entre eles, destaca-se Eddy Barrows (leia mais ao lado).
Apesar de ser bem mais direto, o roteiro sofre de um efeito "Malhação", em que a iniciativa de dialogar com jovens pode ser boa -mas, vinda de adultos, pode também soar artificial.
Colaborou Angela Pinho, de Brasília


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